A alemã Bosch espera obter em 2012 bons resultados no mercado de tecnologia automotiva. Segundo a companhia, devido ao crescimento do número de automóveis no mundo, a segurança no trânsito se tornará cada vez mais importante. Com isso, cresce o uso de sistemas de segurança nas linhas de produção automotiva, como por exemplo, o Programa Eletrônico de Estabilidade (ESP®) desenvolvido pela Bosch.
Em alguns mercados como o da União Europeia e, a partir de 2012 também do Japão, a instalação do ESP® passa a ser obrigatória para todos os novos modelos.
Esta nova tecnologia utiliza sensores inteligentes que verificam se a condução do motorista corresponde ao sentido real de percurso do veículo e se necessário, intervém reduzindo o torque do motor para restaurar a estabilidade. Se isso não for suficiente, ele freia cada roda individualmente.
"O ESP® pode evitar em até 80% os acidentes causados por derrapagem. É o sistema de segurança veicular mais importante depois do cinto de segurança", ressalta Werner Struth, presidente mundial da divisão Chassis Systems Control da Robert Bosch.
A empresa estima que até 2015, cerca de 60% dos carros fabricados em todo o mundo terão o ESP®, o que representa um aumento de 20% em relação ao número atual. No mesmo período, o sistema de frenagem antibloqueio (ABS), outro tecnologia fornecida pelo grupo, também deverá fazer parte de 90% dos novos carros produzidos mundialmente.
"O desenvolvimento tecnológico da próxima década nos permite ter uma visão do futuro em que automóveis resistíveis a acidente e totalmente autônomos se são realidade", explicou o executivo alemão Bernd Bohr, presidente mundial da Divisão de Tecnologia Automotiva.
No Brasil, em paralelo ao crescimento da aplicação do ABS e do airbag, o ESP® também vem ganhando espaço no mercado. Em 2010, por exemplo, esta tecnologia equipou 4% dos veículos novos licenciados no território nacional, principalmente impulsionados pelos modelos importados.
Outro ramo do mercado automotivo visto como promissor pela Bosch é o de mobilidade elétrica. Anualmente, a empresa investe € 400 milhões neste setor e já conta com um amplo portfólio de produtos, além de uma joint-venture para a produção de baterias de íon-lítio. Até 2013, o grupo deverá atender 13 diferentes montadoras que produzem em série, realizando 21 projetos de equipamentos elétricos de acionamento para carros.
Segundo dados da companhia, tecnologia automotiva é a maior divisão corporativa do grupo e faturou € 28,1 bilhões em 2010, aproximadamente 59% do seu rendimento total.