Os investimentos estrangeiros diretos (IED) voltados para o setor produtivo da economia atingiram o valor de US$ 660,5 bilhões, o equivalente a 30,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2010.
As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (15) pelo Banco Central, no detalhamento do Censo de Capitais Estrangeiros no Brasil 2011, índice realizado a cada cinco anos, desde 1995.
De acordo com o documento, o montante de investimentos externos é US$ 188 bilhões superior ao estimado anteriormente para o mesmo período, que era de US$ 472, 6 bilhões, correspondente a 22% do PIB.
O Banco Central declarou que “essa diferença deveu-se, fundamentalmente, à mudança no critério de valoração dos investimentos”.
Neste último relatório, o BC passou a considerar o valor de mercado, “em conformidade com o padrão estatístico internacional” ao invés do valor histórico.
Ainda, em relação ao estoque de investimentos estrangeiros diretos por participação no capital, ocorreu expansão de 256% em comparação ao Censo 2006.
Pelo critério do investidor imediato, foram apontados os Países Baixos (Holanda), com US$ 162,7 bilhões, equivalentes a 28,1% do estoque. Em sequência, estão os Estados Unidos, com US$ 110,4 bilhões ou 19%, e a Espanha com US$70,6 bilhões, respondendo por 12,2%.
Se considerados os investidores finais, os Estados Unidos assumem a primeira posição, com acumulado de US$ 104,7 bilhões, Espanha, com US$ 85,3 bilhões e Bélgica, com US$ 50,4 bilhões.
Com relação aos setores, o que mais conta com investimentos estrangeiros é o de bancos e serviços financeiros, com montante de US$ 98,1 bilhões, representando 16,9% do total.
O segundo segmento é o de empresas produtoras de bebidas, com US$ 52,2 bilhões (9%), seguido pelo petróleo, com US$ 49,4 bilhões (8,5%), e telecomunicações, com US$ 40,6 bilhões (7%).