Apesar do cenário instável na Europa, as empresas alemãs pretendem manter a sua competitividade em 2012 e continuar inovando, revela um levantamento feito pela Confederação das Câmaras Alemãs (DIHK, sigla em alemão).
A pesquisa feita com 1,1 mil empresas associadas de áreas estratégicas, como indústria de máquinas, automotiva, química e serviços, mostrou que 51% delas pretendem ampliar os investimentos em inovação ao longo do ano. Somente 3% das empresas entrevistadas afirmaram que irão reduzir seus gastos com pesquisa e inovação em 2012, conforme a DIHK.
Apesar das perspectivas de expansão, o levantamento mostra uma queda na intenção dos empresários na comparação com 2010. Naquele ano, 60% das companhias afirmaram que planejavam aumentar seus investimentos em inovação. “A deficiência de mão de obra e os problemas financeiros ameaçam o desenvolvimento que, até então, foi positivo”, disse o presidente da DIHK, Hans Heinrich Driftmann. Mais da metade dos pesquisados identificaram limitações em suas atividades de inovação devido a carências de mão de obra e de pesquisadores.
O presidente do DIHK pontuou também que a atração de capital estrangeiro para projetos de inovação no país está se tornando mais difícil e pode passar por dificuldades em 2012. No entanto, "os governos poderiam fazer alguma coisa para melhorar a situação financeira das empresas", salientou Driftmann.
Outro ponto importante revelado pelo estudo é que as empresas avaliam positivamente os programas de fomento à pesquisa desenvolvidos pela federação e pelos estados alemães, ao contrário das políticas da União Europeia (UE), que foram duramente criticadas. Driftman informou que os empresários "reclamam da ampla burocracia, das complicações e da extensão dos formulários, assim como da exigência de inúmeros relatórios" na esfera da UE.