A subsidiária brasileira da TRUMPF encerrou o ano fiscal com faturamento de 116 milhões de reais e 130 milhões de reais na entrada de pedidos. Esses volumes representam aumento de 20% e 30%, respectivamente, frente ao ano anterior. As máquinas da divisão LT (Laser Technology) tiveram o melhor ano da sua história no País. “Mais de 35% das vendas totais foram voltadas para novas tecnologias”, afirma João C. Visetti, Presidente da TRUMPF do Brasil. Segundo o executivo, a modernização da indústria automobilística, diretamente ligada a carros mais seguros e eficientes, contribuiu decisivamente para esta performance.
Visetti explica que carros mais eficientes e seguros demandam tecnologia laser, especialmente nos processos de hotforming e solda. “Nosso hotforming (tecnologia de conformação a quente) tem aplicação e serviços como nenhum outro; além disso, fizemos um bom trabalho em solda e desenvolvimento de integradores. O sucesso que obtivemos foi resultado de uma equipe diferenciada de aplicação e serviço, única no Brasil”, afirma.
O início do ano fiscal 2018/2019 traz um fator de insegurança muito grande, fomentado pela incerteza no cenário eleitoral, segundo Visetti. Qualquer que seja o futuro presidente da República será necessário abrir o País para a importação de tecnologia, segundo o Diretor-Presidente da TRUMPF, se quisermos ter, de fato, competitividade industrial: “O Brasil precisa abrir o mercado. Precisa importar tecnologia, para que as indústrias que têm vocação de serem competitivas, como o setor metalmecânico e a indústria de transformação, tenham acesso à tecnologia de ponta e possam entrar, efetivamente, na indústria 4.0, competindo em igualdade com o resto do mundo”.
Foco no crescimento global
O Grupo TRUMPF registrou aumento de vendas em torno de 15%, ao fim do ano fiscal 2017/18, encerrado no último dia 30 de junho. Dados preliminares apontam vendas totais de 3.6 bilhões de euros (3.1 bilhões de euros no ano fiscal 2016/17). A entrada de pedidos cresceu ao redor de 12%, chegando a 3.8 bilhões de euros (3.4 bilhões de euros no ano fiscal 2016/17). Do faturamento total, aproximadamente 400 milhões de euros foram investidos em pesquisa e desenvolvimento.
Alemanha foi o maior mercado individual, com vendas acima de 700 milhões de euros, seguido dos Estados Unidos e China, cada um com vendas ao redor de 500 milhões de euros. As vendas para clientes europeus também foram animadoras. Houve expansão ainda no negócio EUV (Extreme Ultra-High Violet), ligado à produção de processadores que permitirá a fabricação de chips ainda mais potentes, mais rápidos e com maior capacidade de memória.
“Em muitos mercados, nós excedemos as metas, em quase todas as categorias de produtos. Nós registramos crescimento na tecnologia de manufatura aditiva – ou seja, em impressão 3D industrial – e no segmento de laser para microchip,” disse a CEO da TRUMPF, Nicola Leibinger-Kammüller.
No médio prazo, a TRUMPF estima vendas na casa dos seis dígitos para a área de manufatura aditiva. Esse também é o plano para os fornecedores das fábricas de chips. Todos os grandes fabricantes de chips já consideram que a tecnologia dos superchips com estruturas muito finas usando radiação EUV está amadurecida, o que animou a TRUMPF a se tornar parceira em um consórcio de tecnologia com a Zeiss e a ASML.
No caminha de fábricas novas e mais modernas
No último ano fiscal, o Grupo TRUMPF continuou investindo na conectividade digital e começou a otimizar seus processos em chapas metálicas, visando ter uma produção totalmente automatizada.
Grande parte dos investimentos foi, novamente, para a expansão de plantas, dentro e fora da Alemanha. A companhia ampliou a sede de Ditzingen com salas limpas especialmente para expandir sua capacidade de produção de alta tecnologia – lasers usados em litografia EUV para microchips. O Grupo investiu também em novos prédios para as fábricas de Teningen e Schramberg. A maior planta de produção do Grupo TRUMPF foi estabelecida na China. A maioria dos investimentos foi para locações na Alemanha. Investimentos significativos foram feitos também nas plantas dos Estados Unidos e na Ásia.
O número total de funcionários cresceu mais de 10%, chegando a 13.500. Destes, 6.700 estavam empregados na Alemanha, até 30 de junho, com aproximadamente 3.900 trabalhando na sede de Ditzingen.
Foto: Divulgação TRUMPF