De acordo com a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), no ano de 2011 o Brasil teve participação de 1,6% nas exportações mundiais, o melhor índice de vendas globais desde 1950 (2,26%). Em 2010 este índice era de 1,33%.
No entanto, o estudo “Radiografia do Comércio Exterior Brasileiro: Passado, Presente e Futuro” ressalta que o crescimento atingido no ano passado se deve ao aumento de preço das commodities (produtos agrícolas e minerais), definido pelo mercado internacional, e “não de uma ação que o Brasil tenha desenvolvido e tenha tido como resultado uma participação maior”, declarou José Augusto de Castro, presidente da AEB, em entrevista à Agência Brasil.
Para este ano, a AEB prevê queda nos preços internacionais, o que significa que, se o País quiser conquistar um crescimento expressivo na participação nas exportações mundiais, terá que efetuar reformas de base.
De acordo com Castro, há uma necessidade de comercializar não apenas commodities, mas também manufaturados, como fazem nove das dez maiores nações exportadoras do mundo. “Exportação de manufaturados dá estabilidade para o país. Ele não fica sujeito às fortes oscilações por causa das commodities", explicou.
Outro entrave apontado pelo estudo é a elevada carga tributária nacional, que faz com que as empresas mandem o produto bruto, sem beneficiamento, para o mercado externo.
Ranking global
A China ocupa a primeira posição no ranking de participação nas exportações mundiais, com 11,5% do índice total em 2011. Em seguida estão os Estados Unidos (9,69%), a Alemanha (9,13%) e o Japão (4,9%). O Brasil, que estava em 28º lugar em 2000, agora é o 21º colocado na lista.
No ano passado, 17,3% das exportações brasileiras foram destinadas a China. Os outros maiores destinos foram os Estados Unidos, Argentina, Holanda, Japão e Alemanha.