Em missão técnica na Alemanha, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, defendeu que os produtores agrícolas do País estão prontos para oferecer alimentos de qualidade e sustentáveis para mercados exigentes como o europeu.
“Estamos preparados para fornecer o melhor alimento em termos de qualidade, sabor e segurança sanitária e ambiental”, ressaltou.
Tanto a presidente da CNA quanto a ministra da Agricultura alemã, Ilse Aigner, concordaram que a ampliação do comércio bilateral depende de uma relação de confiança, que tem como ponto de partida a reformulação do sistema brasileiro de defesa agropecuária.
Este sistema, que está sendo elaborado pela CNA em parceria com o governo federal, reunirá diversas ferramentas, entre elas a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), que agrupa dados sobre as propriedades rurais e os produtos agropecuários, garantindo o cumprimento de regras definidas pelo Brasil com outros países.
“Num primeiro momento, só a carne exportada será rastreada. Depois será a vez da carne consumida no mercado interno. Na etapa posterior, todos os vegetais serão rastreados”, explicou Kátia.
O diretor para América Latina e do Norte da Confederação Alemã de Câmaras de Comércio e Indústria (DIHK), Oliver Parche, declarou em encontro com a senadora, na sexta-feira passada (24), que a Alemanha tem interesse em aumentar as importações agrícolas fornecidas pelo Brasil e é importante estimular a cooperação neste segmento.
Do ponto de vista brasileiro, o maior desafio é aumentar a produtividade do setor, melhorando a inovação tecnológica e a redução da aplicação de defensivos agrícolas.
A ministra Ilse Aigner estará no Brasil em agosto, quando conhecerá as iniciativas elaboradas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.