No ano passado, a redução nas emissões de gases causadores do efeito estufa na Alemanha foi de 26,5% na comparação com o início da década de 1990, conforme informação da Agência Federal do Meio Ambiente (Umweltbundesamtes – UBA, no alemão). Dessa forma, o país conseguiu ultrapassar, mais uma vez, as metas estabelecidas no Protocolo de Kyoto, que determina um recuo de 21% em relação a 1990, ano tomado como base.
Apesar do desenvolvimento econômico positivo e do fechamento de oito usinas nucleares, o país conseguiu reduzir suas emissões de gases poluentes em 2%, na comparação com 2010. Ao todo, foram liberados 917 milhões de toneladas de dióxido de carbono (-2,4%), gás metano (-3,5%), gases fluorados (-0,4%) e óxido nitroso (+2,3%). O resultado deve-se, principalmente, a temperaturas amenas e, consequentemente, ao uso reduzido de energia para aquecimento, assim como à diminuição da eliminação de resíduos.
"A redução das emissões foi favorecida pelo clima relativamente ameno. Mas o crescente uso de energias renováveis, bem como a baixa exportação de energia, também colaboraram", comentou o presidente do UBA, Jochen Flasbarth. Para ele, tal resultado pode ser considerado um sucesso no contexto atual da transição energética já iniciada e da participação reduzida das usinas nucleares na produção de energia.
"Para alcançarmos a meta climática nacional de uma redução de 40%, não podemos diminuir os esforços", disse Flasbarth e destacou a necessidade de reforçar medidas para a eficiência energética e o saneamento energético dos edifícios.
Ainda, para o executivo, o resultado alcançado mostra que a "Alemanha leva a sério suas responsabilidades" e que "as metas do Protocolo de Kyoto podem ser alcançadas mesmo com um encerramento antecipado da energia nuclear – um fato questionado com frequência", disse.