Brasil está preparado para lidar com mudanças?


O Brasil alcançou uma posição intermediária na primeira edição do Índice de Prontidão para Mudanças, pesquisa conduzida pela KMPG Internacional e pelo Overseas Development Institute (ODI), que elencou 60 países emergentes ou em desenvolvimento. O novo indicador oferece insights sobre quais nações estão mais bem preparadas para lidar com as mudanças e aproveitar as oportunidades resultantes delas, ao capturar o nível de competência governamental e a capacidade do país como um todo de gerenciar e responder de maneira eficaz às mudanças, incluindo o setor privado e a sociedade civil.



“Basta observar o impacto que as recentes crises de alimentos, de combustíveis e financeiras tiveram sobre os Estados ao redor do mundo para sentir a importância de se alcançar um maior entendimento da prontidão de um país para as mudanças”, afirma Timothy A. A. Stiles, líder global da área de International Development Assistance Services (IDAS) da KPMG.



O estudo combina dados de diversos indicadores existentes com novas medidas que têm sido identificadas para perceber elementos específicos de prontidão para mudanças que não estão sendo capturados atualmente, incluindo capacidades de gerenciamento de risco, esforços pela promoção da diversificação econômica, uma governança forte e redes sociais de proteção.



Entre os 60 países analisados, o Brasil figura na 31ª posição do ranking, com um Índice de Prontidão para Mudanças equivalente a 0,44 (quanto mais próximo de 1, mais preparado para as mudanças encontra-se o país avaliado). A lista é encabeçada pelo Chile, com índice de 0,73. Entre os BRICS, o Brasil surge atrás da China (que ocupa a 13ª posição, com 0,54), da Índia (23ª / 0,47) e da África do Sul (26ª / 0,47), e à frente apenas da Rússia (51ª / 0,31).



“O resultado da performance brasileira na análise da KPMG e do ODI foi, de fato, mediano. Destrinchando o Índice de Prontidão para Mudanças em seus três subíndices – Econômico, de Governança e Social –, percebemos que o Brasil foi bem no último quesito, ocupando a 14ª posição do ranking, com o indicador segmentado em 0,55, principalmente pelo tamanho do país e pelo potencial de sua população. Já em relação subíndice econômico, o país cai para a 45ª posição, com 0,34, em razão de algumas deficiências, tais como as relacionadas à questão infraestrutural”, explica Iêda Novais, diretora de IDAS da KPMG no Brasil.



Você pode acessar o estudo completo no site www.kpmg.com/changereadiness (informações em inglês).

CreativeCommons/Ken Teegardin
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