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11 de agosto de 2025

Centro Histórico e Cultural Mackenzie recebe exposição inédita da artista Carolina Vigna

Por Redação Brasil-Alemanha News

Nenhuma imagem disponível na galeria.

Foto: divulgação Universidade Presbiteriana Mackenzie

O Centro Histórico e Cultural Mackenzie (CHCM), localizado no campus Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), recebe a partir de 31 de julho a exposição Cadernos de Viagem, da artista visual e professora Carolina Vigna. Com 84 monotipias em gelatina, sendo 37 inéditas, a mostra apresenta obras desenvolvidas durante o segundo pós-doutorado da artista, realizado na Université Sorbonne Nouvelle, em Paris.

A exposição já passou pela França e por uma galeria em São Paulo. No CHCM, ela ganha sua terceira e última montagem. “Encerro esse projeto no Centro Histórico. Ele tem toda uma história de não pertencimento, de viagem, de você não estar num lugar, eu brinco que essa é a chegada, esse é o pertencimento”, diz a artista.

As 37 obras inéditas foram criadas especialmente a partir de imagens do próprio CHCM. “Elas são todas de fotografias que tirei do Centro Histórico. Então retratam justamente trechos, muitos trechos de arquitetura, às vezes uma padronagem de piso, por exemplo, que eu acho bonita. Tem um pouco essa história de que o projeto viajou, viajou, viajou e agora ele chegou”, conta Carolina Vigna.

Com curadoria de Roberto Vigna e produção artística de Luciene Aranha, Cadernos de Viagem integra o Projeto Prata da Casa, iniciativa que valoriza a produção artística de docentes do Mackenzie. Segundo Luciene, “o trabalho de Carolina Vigna reflete com profundidade o diálogo entre arte, memória e deslocamento”.

A exposição também materializa as reflexões da pesquisa da artista sobre poéticas visuais e deslocamentos. “Busquei conscientemente uma técnica que ao mesmo tempo fosse fotográfica e retratasse o local, mas que não tivesse a precisão da fotografia. Queria essa coisa meio suja, meio manchada, com pouca nitidez, fui procurando um caminho digital e não gostei do resultado, e aí resolvi tentar a gravura. Foi um caminho de experimentação, de tentativa e erro, até que descobri essa técnica”, detalha Carolina Vigna.

Carolina adaptou a técnica da monotipia em gelatina às suas intenções artísticas. “Essa técnica não é uma invenção minha, mas a adaptei para o que eu precisava. Ela é muito utilizada com tinta acrílica, que alcança uma nitidez muito boa, e eu de propósito puxei para a tinta a óleo, que tem essa coisa meio esparramada, que demora a secar, que não é tão precisa”, detalha. Segundo a artista, com a técnica, foi possível refletir a dualidade entre a mancha e a linha, o pertencimento e o não pertencimento.

Expor no CHCM também tem um significado pessoal. “O Centro Histórico é um dos locais que eu mais gosto de estar, onde eu mais gosto de ficar. Tem uma ligação muito pessoal, muito de acolhimento, muito do lugar onde me sinto bem”, afirma Carolina Vigna.

A mostra pode ser visitada gratuitamente até 22 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 09h às 19h. A abertura oficial acontece no dia 31 de julho, às 17h. Mais informações aqui.

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