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Em 2020, no início da pandemia da COVID-19, o trabalho remoto se mostrava como uma solução temporária. Atualmente, é comum empresas adotarem o melhor dos dois mundos com o modelo híbrido, que une o presencial e o remoto, permitindo maior flexibilidade e conciliação entre vida profissional e familiar.
Um estudo da JLL confirma essa tendência: 86% das empresas brasileiras já adotam modelos flexíveis, um índice superior à média global. De acordo com o levantamento, o trabalho presencial caiu de 66% para 19% após a pandemia, enquanto o híbrido triplicou, de 26% para 72%. O modelo mais popular no Brasil hoje é o de dois dias presenciais e três dias remotos por semana, adotado por 45% das empresas. A pesquisa mostra que esse formato se destaca especialmente em grandes organizações e setores como tecnologia, finanças e telecomunicações.
Adotando apenas um dia presencial e quatro remotos, a Integrance, companhia especializada em tecnologia e BPO Contábil para estabelecimentos estrangeiras instaladas no Brasil, constatou que no híbrido seus colaboradores produzem mais. A empresa credita o sucesso das operações à tecnologia, cultura empresarial, gestão e comunicação para superar os desafios de um mercado tão desafiador.
De acordo com Aline Giacon Menezes dos Santos, analista contábil da Integrance, o que provocou sua saída na instituição anterior foi a escala 100% presencial. “Pedi demissão porque não consegui me adaptar. Minha prioridade é minha família. Ter tempo com eles é mais importante para mim que o salário”, destaca.
Com uma rotina de trabalho que permite maior flexibilidade e produtividade, Bruna Fernanda dos Santos, assistente financeira da empresa, explica a importância do equilíbrio entre o trabalho remoto e presencial. “Esse modelo é maravilhoso porque consigo conciliar a vida profissional com a pessoal, dando atenção à minha filha. Em horários de pico, chegar e sair da empresa é um caos. Dessa forma, vindo para a empresa um dia por semana, o trânsito não desgasta tanto assim”.
O CEO da Integrance, William Xavier, concorda com o ponto de vista das duas funcionárias e entende o prazer que é construir uma carreira e a dificuldade que é fazer isso ficando longe da família. “Tenho em mim esses valores e faço de tudo para proporcionar mais oportunidades para que minhas colaboradoras se conectem mais aos filhos, enquanto se desenvolvem profissionalmente. Isso é muito importante para a empresa e para mim como pessoa”, finaliza.