A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) promoveu, no dia 27 de setembro, um encontro entre especialistas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e empresários do setor solar fotovoltaico para debater a atualização da Resolução Normativa nº 482, marco regulatório que autorizou os brasileiros gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis e, com isso, economizar na conta de luz.
O evento, intitulado “O Futuro da Geração Distribuída”, aconteceu em São Paulo, no espaço nobre da FIESP, e teve a participação especial do Superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição da Aneel, Carlos Alberto Calixto Mattar, e da Especialista em Regulação da Aneel, Lívia Maria de Rezende.
O debate contou ainda com a presença dos associados da ABSOLAR, incluindo o Conselho de Administração da entidade, bem como representantes das principais empresas do setor solar fotovoltaico brasileiro. Um dos temas centrais sobre a revisão da regulamentação que foi abordado diz respeito à forma como a energia elétrica gerada pelo consumidor é valorada, o que poderia influenciar o benefício econômico percebido pelo cidadão. A ABSOLAR é contrária a qualquer alteração que prejudique os benefícios aos consumidores da geração distribuída solar fotovoltaica.
Para o Presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, ainda é muito cedo para qualquer alteração no modelo de compensação de energia elétrica atual. “O setor solar fotovoltaico propõe a realização de estudos técnicos qualificados e imparciais que quantifiquem todos os benefícios e eventuais custos da geração distribuída, não apenas pela ótica do setor elétrico, mas, sobretudo, pela visão da sociedade brasileira como um todo. Enquanto não forem feitos estudos transversais que sejam discutidos de forma ampla, democrática e inclusiva com a sociedade, qualquer alteração ao modelo de compensação atual seria precipitada”, comenta Koloszuk.
“Nove em cada dez brasileiros quer gerar sua própria energia em casa, segundo dados recentes de pesquisa de opinião do Ibope Inteligência, de 2018. O motivo disso é muito claro: a geração distribuída traz empoderamento e mais liberdade ao consumidor, democratizando o acesso às energias renováveis, através de novos modelos de negócio que podem levar a energia solar fotovoltaica aos brasileiros em todas as regiões do País. O cidadão deve estar no centro da regulação do setor elétrico e de suas decisões, por isso, precisa ser consultado ao longo do processo de revisão realizado pela ANEEL. Este evento da ABOLAR abre espaço para um diálogo construtivo e produtivo entre o regulador e o setor solar fotovoltaico brasileiro”, acrescenta Barbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR.
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