Bayer vai construir edifícios “verdes” no Brasil


A Bayer MaterialScience lançou, nesta segunda-feira (11), o Programa EcoCommercial Building (ECB) no Brasil. Liderada pela multinacional alemã, a iniciativa consiste em uma rede de parceiros integrada para oferecer ao mercado soluções na construção de edifícios sustentáveis. O programa engloba todo o processo construtivo – da análise e planejamento do projeto à utilização de tecnologias e operação dos prédios – resultando em edificações com menor impacto ambiental.



“A busca por práticas sustentáveis é hoje uma realidade no mercado da construção civil mundial e estamos conscientes do papel que temos no desenvolvimento das melhores soluções”, ressalta Thomas Roemer, vice-presidente mundial da Plataforma da Indústria da Construção da Bayer MaterialScience. Segundo o executivo, este é um mercado global de US$ 80 bilhões, e com um grande potencial de crescimento – nos últimos cinco anos, houve um aumento de 300% na execução de projetos dessa natureza.



Estudos apontam que edifícios são responsáveis pela produção de 30% de todos os gases de efeito estufa e por 40% da demanda de energia no mundo. Além disso, mais de 85% do que é produzido para aquecer ambientes se perde em construções sem isolamento térmico adequado. No geral, a construção de edifícios sustentáveis, segundo o World Green Building Council, poderia gerar redução entre 40% e 70% no consumo de água e resíduos e de cerca de 30% no uso de energia, possibilitando uma compensação média de 35% das emissões de CO2.



“Hoje, apenas cerca de 1% das edificações brasileiras é construída de acordo com conceitos sustentáveis. Com a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas e o aumento de investimentos no mercado interno, este número certamente dará um grande salto no Brasil e se aproximará dos índices de países mais engajados, de aproximadamente 5%”, afirma Ulrich Ostertag, presidente da Bayer MaterialScience na América Latina.



De acordo com informações da companhia, o País é a quarta economia no mundo em termos de edificações sustentáveis, e o mercado nacional cresceu 50% de 2011 para 2012.



Lançado mundialmente em 2009, o Programa EcoCommercial Building já conta com quatro edifícios – na Alemanha, na Bélgica, nos Estados Unidos e na Índia. As construções utilizam materiais inovadores e tecnologias que possibilitam o uso de fontes renováveis de energia, tratamento e reaproveitamento de águas das chuvas, controle eletrônico da luminosidade e maior utilização de luz natural, isolamento térmico mais eficiente e automação de sistemas de ar condicionado, dentre outras soluções.



Primeiro edifício ECB da América Latina



No Brasil, o programa é lançado com nove parceiros: Acqua Brasilis, especializada em tratamento de efluentes e água e aproveitamento de águas pluviais; Andaluz Acessibilidade, fabricante de produtos para acessibilidade de deficientes visuais; Artecola, fabricante de adesivos, laminados especiais e plásticos de engenharia; Command Commissioning, empresa de comissionamento de sistemas mecânicos, elétricos, hidráulicos e de sistemas especiais; Cushman & Wakefield, especializada na gestão de infraestrutura e certificação LEED de empreendimentos; Grupo FCC, fabricante de termoplásticos, adesivos, vedantes e argamassas poliméricas; NS Brazil, especializada em pisos e revestimentos técnicos resinados, anticorrosivos, produtos funcionais e decorativos para os segmentos industriais, comerciais e arquitetônicos; Thermopol, referência no isolamento térmico de coberturas; e Schneider Electric, especialista global na gestão de energia.



A Bayer iniciará ainda neste ano a construção de seu quinto edifício ECB no mundo e o primeiro na América Latina, na sede da empresa em São Paulo, na zona sul da capital paulista. Com previsão de lançamento no primeiro trimestre de 2013, o prédio terá 600 m² e funcionará como espaço de convivência dos 1.800 colaboradores da sede.



O projeto, assinado pelo arquiteto Roberto Loeb, fará uso de isolantes térmicos e materiais translúcidos, que contribuem para o conforto térmico e redução do consumo de energia do edifício. Da mesma forma, um espelho d’água, interligado a uma rede de captação e tratamento da água da chuva, vai ajudar a manter a umidade e a temperatura agradável no microclima, reduzindo o uso do ar condicionado. Todo o piso da área externa será constituído de decks de madeira, que permitirão o escoamento das águas pluviais e melhor absorção pelo solo. Além disso, um sistema de automação será responsável por monitorar e controlar, em tempo real, todo o consumo de água e energia do prédio, bem como a variação da luminosidade interna de acordo com o ambiente externo.



Em relação a um prédio do mesmo porte, construído nos moldes tradicionais, o edifício consumirá 50% menos energia e economizará 70% de água. O retorno do investimento adicional é estimado em sete a dez anos. Segundo a multinacional alemã, a grande diferença é que uma construção tradicional inicia seu processo de degradação e, consequentemente, manutenção, ao passo que o ECB contabilizaria apenas as economias dos recursos, uma vez que conta com materiais de maior durabilidade e consome menos água e energia ao longo de sua vida.

Divulgação Bayer/Roberto Loeb e Associados
Divulgação Bayer/Roberto Loeb e Associados