G20 se compromete com o crescimento mundial


O grupo de líderes das 20 maiores economias do mundo compromete-se a "trabalhar conjuntamente para reforçar o crescimento mundial, restaurar a confiança e promover estabilidade financeira para criar empregos de qualidade e oportunidade para todos os cidadãos". A afirmação faz parte do comunicado final dos chefes de governo e de Estado, resultante da última cúpula do G20, que aconteceu nos dias 18 e 19 de junho, em Los Cabos, no México.



Já os países da zona do euro incluídos no grupo irão "tomar todas as medidas necessárias para proteger a integridade e a estabilidade da zona do euro e melhorar o funcionamento dos mercados financeiros". Ainda, sob a pressão dos Estados Unidos e dos mercados financeiros, os líderes europeus anunciaram considerar a criação de um sistema bancário mais integrado na Europa.



Nesse âmbito, o G20 garantiu suporte ao plano que considerará passos concretos para uma maior integração da arquitetura financeira, incluindo supervisão bancária, resolução e recapitalização e garantia de depósitos, informou a nota. O grupo também saudou o plano de recapitalização dos bancos espanhóis e a iniciativa europeia de ajudar na tarefa, além de comunicar a expectativa de que a zona do euro trabalhe em parceria com o próximo governo da Grécia para garantir que o país continue no caminho de reforma e sustentabilidade.



Além disso, o G20 anunciou, por meio do documento, a criação de um "Plano de Ação para o Crescimento e Emprego" e a implementação de uma agenda de reforma estrutural e regulatória para criar sistemas financeiros mais capazes de suportar pressões.



Aumento dos recursos do FMI



No encontro também foi alcançado um aporte de recursos maior do que o esperado inicialmente para o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo a diretora-gerente do órgão, Christine Lagarde, os membros do G20 concordaram ontem (19) com um aumento da capitalização no total de US$ 456 bilhões.



De acordo com o FMI, os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), irão contribuir com um montante adicional de US$ 75 bilhões. O Brasil entrará com US$ 10 bilhões, mesmo valor oferecido por Rússia e Índia, enquanto a China disponibilizará US$ 43 bilhões, e a África do Sul, US$ 2 bilhões.



No entanto, os países emergentes exigiram que os recursos adicionais só sejam usados para ajudar países em crise depois que o FMI tiver esgotado os fundos já disponíveis e se as reformas que ampliam o poder do Brics no FMI forem concluídas.



“Achamos que há um atraso dos europeus na concretização do acordo [de 2010, que altera as cotas dos países em desenvolvimento do fundo]. Mesmo assim, estaremos fazendo o aporte adicional na condição de que sejam cumpridas as reformas de cotas o mais rápido possível”, declarou o ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, na noite de segunda-feira (18).



França e Alemanha se comprometeram a aportar € 31,4 bilhões e € 41,5 bilhões de euros, respectivamente.

Divulação / © G20Mexico
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