O Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, contará com consultoria da Sociedade Fraunhofer, instituição alemã sem fins lucrativos de pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia, para a gestão de 23 Institutos de Inovação que serão criados até 2014.
Representantes das duas entidades assinaram o acordo que marca a cooperação na quinta-feira passada (21), em Brasília.
Um dos 80 institutos ligados à Sociedade Fraunhofer, o Fraunhofer IPK, apoiará o Senai na elaboração dos planos de negócios para a gestão nacional dos Institutos de Inovação, do Instituto de Tecnologia a Laser, que será instalado em Santa Catarina e do Instituto de Eletroquímica, no Paraná.
Ainda, o Fraunhofer IPK dará suporte ao Senai no desenvolvimento de soluções de gestão para outras seis unidades: Instituto de Inovação em Automação da Produção (BA), em Microusinagem (SP), em Química Aplicada (RJ), em Metais e Ligas Especiais (MG), em Polímeros de Engenharia (RS) e em Energia Alternativa (RN).
Entre os serviços acordados, estão a colaboração no desenvolvimento de instrumentos para diagnóstico tecnológico, a qualificação de recursos humanos para a gestão de frentes de pesquisa, o desenho de mercado para a oferta de produtos e serviços, a definição de estratégias de vendas e de preços, e a gestão de patentes.
O contrato estima que a consultoria tenha o valor anual de R$ 3 milhões. O programa também recebe um financiamento de R$ 1,5 bilhão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), mais R$ 400 milhões de recursos do próprio Senai, que serão destinados à criação de 38 Institutos de Tecnologia, 53 Centros de Formação Profissional e aquisição de 81 unidades móveis para atender a qualificação profissional onde ainda não há escolas do Senai.
“A Sociedade Fraunhofer conta com uma gestão central e uma rede de institutos que têm autonomia, assim como nós. A forma de gerir essa rede nos interessa muito”, declarou o diretor de Operações do Senai, Gustavo Leal.
Na opinião do diretor do Instituto Fraunhofer IPK, Eckart Uhlmann, o maior desafio da parceria é gerenciar simultaneamente a pesquisa e o desenvolvimento regional dos estados onde se localizam os institutos. “Precisamos, por meio da rede Senai e dos seus institutos, chegar a uma conjugação das necessidades reais da indústria e das regiões brasileiras”, assinalou.
Esta não é a primeira parceria entre as duas instituições. O centro de pesquisa alemão já participou da criação do projeto de desenvolvimento tecnológico Competir, realizado no Nordeste, e do Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec) na Bahia.