O Brasil se mantém como mercado varejista mais atrativo para investimentos de empresas estrangeiras. Essa é a conclusão da 11ª edição do Índice de Desenvolvimento do Varejo Global (GRDI, na sigla em inglês). Criada pela consultoria empresarial A.T. Kearney, a pesquisa avalia anualmente a atratividade de 30 mercados emergentes.
O contínuo desenvolvimento das pequenas e médias empresas, altas taxas de consumo, a grande população urbana e riscos políticos e financeiros limitados são os principais fatores que contribuíram para este resultado.
"O Brasil é, devido a sua população relativamente jovem e elevados gastos individuais com vestuário e bens de luxo, um dos principais destinos para varejistas especializados", disse Mirko Warschun, sócio da A.T. Kearney e diretor do departamento de consultoria para a indústria de consumo e comércio da Alemanha, Áustria e Suíça.
A segunda e terceira colocações no ranking 2012 foram ocupadas por Chile e China, respectivamente, ambos subindo uma posição em relação à edição anterior. Uruguai (4º) e Índia (5º) completam a lista dos cinco mercados de maior atratividade.
Com quatro representantes entre os dez primeiros mercados no Índice, a América do Sul se destacou como região de crescente interesse para os investidores. Economias menores como Geórgia (6º), Omã (8º), Mongólia (9º) e Azerbaijão (17º), que ocuparam pela primeira vez colocações na pesquisa, foram consideradas promissoras devido ao seu potencial de crescimento.
Também de acordo com o estudo, os mercados emergentes – especialmente os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) – ainda atraem as maiores empresas de comércio varejista do mundo e seu crescimento não mostra sinais de enfraquecimento.
"Devido às altas taxas de crescimento das economias emergentes, na comparação com o crescimento relativamente baixo dos países europeus e dos Estados Unidos, grupos varejistas precisam de uma estratégia correta e sob medida para se expandir nesses mercados", declarou o especialista da A.T. Kearney. Ainda, segundo ele, nos últimos cinco anos, as receitas do Grupo Metro (Alemanha), Wal-Mart (Estados Unidos), Carrefour (França) e Tesco (Reino Unido) cresceram em média duas vezes e meia mais rápido nos países em desenvolvimento do que em seus mercados de origem.