A Volkswagen do Brasil anunciou que vai utilizar tecidos à base de PET reciclado para revestir bancos e painéis de portas de seus automóveis, inicialmente o Novo Gol e o Novo Voyage. Segundo comunicado à imprensa, a empresa de origem alemã é pioneira no desenvolvimento e aplicação da tecnologia para a indústria automobilística no País.
Ainda de acordo com a assessoria da empresa, os tecidos à base de PET, compostos por até 60% de fio reciclado, oferecem o mesmo conforto, qualidade e resistência que os materiais utilizados atualmente nos revestimentos dos veículos da marca, e a matéria-prima bruta provém de fornecedores certificados por órgãos ambientais internacionais.
O comunicado da empresa explica que a produção do material tem início com a separação das garrafas plásticas por cores, uma vez que elas interferem no tom do tecido. Em seguida, as peças são limpas e trituradas em grãos, os quais são transformados em fios – matéria-prima de construção de tecidos. A partir daí, o processo de criação do tecido à base de PET reciclado é o mesmo utilizado na produção de tecidos convencionais.
A fibra de PET reciclado já é aplicada pela indústria automobilística em não tecidos de revestimentos do assoalho, porta-malas de veículos e cobertura do compartimento de bagagem.
Fibras de curauá e de juta
A fabricante de automóveis destaca, ainda, seu pioneirismo no desenvolvimento de uma tecnologia com a fibra de curauá, utilizada no revestimento do teto do Polo, desde 2000. Segundo a companhia, a planta, nativa da floresta Amazônica, é cultivada por comunidades de baixa renda das imediações de Santarém (Pará), e proporciona às peças de veículos um acabamento resistente.
A Volkswagen do Brasil também utiliza outras fibras naturais, como a mistura de juta e de malva, em parte da produção da cobertura do compartimento de bagagem presente no Novo Gol. Desde 2004, as fibras naturais renováveis são utilizadas no porta-pacotes do Fox e do CrossFox.
