O agravamento dos conflitos na Síria fez com que a União Europeia (UE) anunciasse hoje (23) que vai ampliar as sanções ao país, impondo mais restrições aos voos oriundos da região, além de acrescentar 26 pessoas e três entidades na lista que impede a entrada e comércio com o bloco.
A decisão foi tomada em reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE. As sanções incluem ainda o reforço ao embargo de armas ao regime. O bloco também deverá proibir a entrada da companhia aérea síria no território europeu.
Por outro lado, a França, o Reino Unido e a Alemanha defenderam o reforço da ajuda humanitária para os refugiados sírios que se exilam principalmente na Jordânia e no Líbano. A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que cerca de 120 mil refugiados sírios estão na Jordânia, no Líbano, na Turquia e no Iraque.
Desde o início da crise na Síria, em março de 2011, a Cruz Vermelha Internacional e o Crescente Vermelho Árabe Sírio informaram ter ajudado mais de 600 mil pessoas atingidas pela violência em várias regiões do país. As áreas mais afetadas são Deera, Homs, Idlib, Hama, Alepo e Damasco.
Brasil monitora a crise
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reiterou hoje (23) à Agência Brasil que o agravamento da tensão na Síria é “monitorado” pelo governo do Brasil com atenção, por meio de relatos de brasileiros e estrangeiros que estão no país.
Segundo ele, há expectativa em torno da negociação para aprovar, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a manutenção dos observadores estrangeiros na região até o final de agosto. Há 16 meses, o país está em crise e mais de 16 mil pessoas morreram neste período.
Desde sexta-feira (20), a Embaixada do Brasil na Síria funciona parcialmente. A maior parte dos serviços passou a ser feita nas representações do Brasil em Beirute, no Líbano, e em Amã, na Jordânia. A transferência do embaixador do Brasil em Damasco, Edgard Casciano, dos diplomatas e de algumas atividades ocorreu por motivos de segurança, segundo Patriota.
Com informações da Agência Brasil