Nenhuma imagem disponível na galeria.

Análises do contexto Brasil-Alemanha sobre acordos econômicos e um panorama do setor químico no Brasil foram os temas centrais da última reunião da Diretoria da Câmara Brasil-Alemanha (AHK São Paulo). O encontro, realizado nesta quinta-feira (4) no escritório da Evonik do Brasil, teve Dr. Hendrik Schönfelder, Vice-Presidente da AHK São Paulo e CEO da Evonik para região América Central e do Sul como anfitrião.
A abertura do evento contou com a participação doEmbaixador brasileiro na Alemanha, Rodrigo Baena Soares e Christian Lindner, Chefe do Departamento Econômico da Alemanha da Embaixada em Brasília.
Baena apresentou o contexto geopolítico entre os países, ressaltando o potencial de cooperação e a importância do engajamento do setor privado para o desenvolvimento local.. “Precisamos ter uma participação e investimento alemão maiores. Onde o comércio cresce, o investimento segue”, afirmou. “O Brasil e a Alemanha são parceiros naturais, compartilhamos os mesmos valores: somos países democráticos, respeitamos os Diretos Humanos e temos a sustentabilidade como valores centrais para a construção do futuro. O Brasil oferece muitas áreas promissoras para uma parceria com a Alemanha.”
Baena também compartilhou com os participantes uma atualização sobre a situação do Acordo de Livre Comércio entre União Europeia e Mercosul. A expectativa é de que a assinatura ocorra ainda em dezembro. “Estamos prestes a assinar o acordo EU-Mercosul. Com esse acordo, devemos gerar um PIB de USD 22 trilhões”, relembrou.
Baena também abordou a participação brasileira na HANNOVER MESSE em 2026, ano em que a maior feira de tecnologia industrial do mundo terá o Brasil como País Parceiro. “Vamos mostrar que o Brasil quer participar ativamente da transformação da indústria. O pavilhão brasileiro deve ser dividido em três áreas centrais, e a feira será uma vitrine extremamente importante para o Brasil demonstrar seu potencial inovador, moderno e sustentável. Vamos juntos moldar o futuro industrial.”
Ao longo do encontro foram discutidos também aspectos do acordo para evitar a bitributação ente Brasil e Alemanha e seus benefícios à economia.
Stephanie Marcucci Viehmann, Diretora Executiva de Relações Institucionais e Associativas da AHK São Paulo apresentou aos participantes os resultados do AHK World Business Outlook, pesquisa realizada pela Câmara Alemã de Comércio e Indústria (DIHK, em sua sigla em alemão), com empresas alemãs fora da Alemanha. Sobre a pesquisa, a Diretora Executiva destacou o otimismo das empresas alemãs fora do país em relação a expectativas de negócios.
No cenário brasileiro, que se coloca de maneira mais positiva do que a média global, as perspectivas, apesar da desaceleração, também são acima da média. Já as preocupações e desafios mapeados pelas empresas no Brasil são principalmente acerca da política monetária e preocupações sobre a demanda.
Em destaque à temática da educação, Viehmann apresentou os resultados de uma pesquisa realizada pela DIHK em parceria com o Ministério das Relações Exteriores alemão sobre o impacto das escolas alemãs no Brasil, realizada em julho. Dentre os respondentes, 74,4% mapearam essas escolas como muito importantes ou importantes para o ecossistema em questões culturais, idiomáticas e potenciais forças de trabalho para as companhias. Esse número ressalta a importância dessas instituições de ensino para o ecossistema bilateral.
Iniciando a apresentação temática sobre o setor químico, Dr. Schönfelder apresentou a história na Evonik, destacando áreas de atuação da empresa e o vasto portifólio da companhia em produtos e soluções. O CEO também destacou os impactos da Evonik na América Central e do Sul, com as fábricas no Paraná, Espirito Santo, São Paulo e Santa Fé, na Argentina.
Dentre tantos mercados de atuação da Evonik, Dr. Schönfelder destacou os produtos que atendem ao setor agrícola. “70% dos produtos brasileiros atendem à soluções do agronegócio, essa porcentagem destaca a importância do mercado brasileiro para a companhia”.
Dando continuidade para a apresentação da empresa, Aline Caldas, Gerente de Sustentabilidade da Evonik para América Central e do Sul, compartilhou as propostas de sustentabilidade na Evonik, detalhando os principais projetos da companhia. “A sustentabilidade é a espinha dorsal para a Evonik”, afirmou, trazendo como o conceito é central para a tomada de decisões e estratégias da companhia.
