Cresce participação estrangeira em fusões


O primeiro semestre deste ano viu crescer em 10% o número de companhias estrangeiras que tomaram parte em fusões e aquisições no Brasil, na comparação com o mesmo período do ano passado. O dado faz parte do relatório da PwC sobre as transações nos  primeiros seis meses do ano, e mostra que investidores de fora do País estiveram envolvidos em 153 transações anunciadas (o número não inclui acordos), o que já representa 44% do total.



“O aumento de 10% mostra o reforço do Brasil no contexto mundial. Empresas estrangeiras têm buscado e conseguido fôlego para uma expansão nos negócios no País e o investidor continua vendo com bons olhos as oportunidades de negócios no Brasil”, aponta o relatório.



O número total de transações anunciadas no primeiro semestre cresceu 8% em relação ao mesmo período de 2011, alcançando 397 negócios, o maior para os primeiros seis meses do ano desde 2002. Segundo a PwC, os resultados se devem, em parte, ao novo formato adotado pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) na regulamentação de aprovações de transações, que começou a vigorar em 29 de maio.



O estudo ressalta que os fundos de Private Equity (PE) participaram de 45% do total de negócios no Brasil até sexto mês do ano, o que representa um salto de 30 pontos percentuais em relação ao mesmo período analisado em 2007. Segundo informações da PwC, os fundos de PE apresentaram, ao longo de três anos, um crescimento de 160%, passando de 68 transações em que empresas de Private Equity estavam presentes em 2009 para 177 em 2012 (período de janeiro a junho).



Dentre os negócios destacados pelo relatório, há dois que envolvem empresas da Alemanha: a aquisição do laboratório brasileiro de produtos alimentícios SFDK pela TÜV SÜD, gigante dos serviços de análise, auditoria e consultoria; e a compra da operação brasileira da fabricante de fragrâncias e essências Belmay pela alemã Symrise, do mesmo segmento de atuação.

CCommons_Ken Teegardin
CCommons_Ken Teegardin