O primeiro relatório Brazilian Attractiveness Survey, realizado pela Ernst & Young, mostra que 78% dos executivos entrevistados apontaram o Brasil como o destino mais atrativo para investimentos estrangeiros diretos (IED) no futuro. A maioria deles (83%) acredita também que a atratividade do País aumentará nos próximos três anos – contra apenas 38% que apostam o mesmo em relação à Europa.
O relatório combina uma análise de investimentos estrangeiros diretos realizados no Brasil desde 2007 com uma pesquisa conduzida com 250 executivos globais, tomadores de decisão, sobre suas visões a respeito do País como um potencial local para negócios no futuro.
Apesar de uma previsão de instabilidade para a economia mundial, o Brasil registrou um número recorde de projetos de IED em 2011, estabelecendo-se como o segundo destino global mais popular em termos de valor de investimento estrangeiro direto e o quinto em termos de números de projetos.
De onde vêm os investimentos?
Em 2011, os EUA continuaram sendo o maior investidor no Brasil em termos de números de projetos – equivalentes a US$ 12,4 bilhões –, seguidos por Reino Unido, Espanha, Alemanha e Japão. Apesar de o valor dos investimentos alemães continuar baixo (US$ 3 bilhões), esse número deve aumentar, dado o envolvimento de corporações do país europeu com obras de infraestrutura para a Copa do Mundo e os Jogos Rio 2016.
E para onde eles vão?
Em 2011, 26% dos projetos de IED foram realizados em São Paulo. O Rio de Janeiro respondeu por 8% do total, índice que representa um aumento de 87% na comparação com o ano anterior.
São Paulo (56,8%) e Rio de Janeiro (24,6%) continuam as capitais brasileiras mais atrativas para os entrevistados pela pesquisa. Entre as cidades secundárias, as que mais chamam atenção são Curitiba (24,5%) e Belo Horizonte (20,2%) – ambas cidades-sede da Copa de 2014.
O cenário atual
Apesar do retrospecto positivo de 2011 e da previsão otimista para o Brasil no longo prazo, os números de IED no primeiro trimestre de 2012 caíram significativamente, com apenas US$ 5 bilhões – cifra bem inferior aos US$ 23 bilhões investidos no mesmo período do ano anterior. O número de projetos caiu 19%.