Os Jogos Olímpicos de Londres alcançaram um marco inédito em termos de igualdade de gênero – pela primeira vez, os 205 países participantes tiveram pelo menos uma mulher como parte da equipe olímpica. A informação foi destacada durante o lançamento de um relatório da Ernst e Young, no último sábado (11), que discute meios de ampliar a diversidade de gênero nos esportes, nos negócios, na economia global e na sociedade.
O documento mostra, por exemplo, o impacto das mulheres como a maior “economia emergente” do mundo: os ganhos femininos globais saltarão de US$ 13 trilhões para US$ 18 trilhões nos próximos cinco anos – esse incremento de US$ 5 trilhões é quase o dobro do PIB (Produto Interno Bruto) da China e da Índia combinadas.
“No momento em que celebramos os atletas e os Jogos Olímpicos desse ano e olhamos para as futuras Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, devemos continuar a promover o crescimento de um dos mercados emergentes mais promissores do mundo: as mulheres”, declarou a vice-presidente global de Políticas Públicas da Ernst e Young, Beth Brooke.
Outro fato que chamou atenção nos Jogos de Londres foi que as equipes da Arábia Saudita, do Catar e de Brunei tiveram, pela primeira vez, atletas mulheres em sua composição, e que a delegação dos Estados Unidos teve uma maioria de mulheres entre seus membros. No total, a presença feminina nessas Olimpíadas chegou a mais de 40% dos esportistas.
A Ernst e Young citou também um relatório das Nações Unidas apontando que “a participação feminina nos esportes desafia os estereótipos de gênero e a discriminação, e pode, assim, ser um veículo para promover a igualdade de gênero e o empoderamento de meninas e mulheres”.
É interessante notar ainda que, de acordo uma pesquisa do MassMutual Financial e do Oppenheimer Funds com mulheres executivas, 81% delas praticaram esportes durante a infância ou adolescência, e 69% disseram que os esportes as ajudaram a desenvolver habilidades de liderança que contribuíram para seu sucesso profissional.