Uma pesquisa da Universidade de Sankt Gallen estudou como os Estados da Alemanha conduzem as suas políticas de transportes. Os resultados revelam que, ironicamente, as capitais financeiras são as que mais ficam devendo no quesito mobilidade. Renânia do Norte-Vestfália, Berlim e Baden-Württemberg, três estados que não figuram entre os mais ricos do país, foram considerados os mais ambiciosos e mais desenvolvidos no que diz respeito à mobilidade de sua população, enquanto Hesse e Baviera decepcionaram.
Partindo de perguntas e dados básicos, o estudo avaliou a frequência e a distância entre os pontos de transporte público (ônibus, trem, bonde e metrô), o nível de ruído do tráfego e a qualidade do ar nas cidades, bem como a segurança e a satisfação em relação aos meios de transporte oferecidos.
Em todos os Estados há pontos positivos e negativos. No populoso Estado da Renânia do Norte-Vestfália, apenas 16% das pessoas dispensam um deslocamento feito por meio de carros, o que mostra uma necessidade de investimento em estações trem ou metrô, exemplo. Todavia, assim como em Berlim, as políticas de mobilidade já apresentam resultados, o que coloca os dois Estados no topo do ranking. Metas de redução de mortes nas estradas, de ruídos no período da noite nas regiões próximas a aeroportos e de construção de novas áreas destinadas ao tráfegfo foram alguns dos aspectos que colocaram a Renânia do Norte-Vestfália e Berlim nos primeiros lugares da lista.
O trânsito e os aeroportos, pontos que pesam no clima e nas políticas de mobilidade, foram os responsáveis por dar a Hesse a pior colocação. No Estado, as verbas destinadas ao financiamento de ferrovias foram reduzidas e repassadas para o investimento de rodovias. Além disso, a população encontra-se insatisfeita com as estações de trem e a distância das mesmas de suas casas e locais de trabalho.
Mais alguns dados interessantes. De acordo com o relatório, na Baixa Saxônia e na Renânia do Norte-Vestfália existe o maior número de carros a gás e elétricos; em Brandemburgo são registrados a maioria dos acidentes fatais; na Saxônia os cidadãos sentem-se seguros em seus ônibus; e no Sarre, 21,4% da população encontra um ponto de ônibus a menos de 100 metros de distância de suas casas.