A Simon-Kucher & Partners, empresa de consultoria alemã com 23 escritórios em 17 países, vai abrir suas primeiras sedes latino-americanas no ano que vem – uma em São Paulo e outra em Santiago (Chile).
“Nós estamos presentes nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, mas a América Latina ainda é um ‘ponto em branco’ em nosso mapa. Com a realização de cerca de 100 projetos no mercado latino-americano, temos agora uma experiência local significativa e estamos prontos para dar suporte aos nossos clientes na região”, afirmou Georg Tacke, CEO da companhia, em entrevista ao BrasilAlemanhaNews, respondida por e-mail.
Fundada em 1985 na cidade de Bonn, a empresa é especializada em estratégias, marketing, precificação e vendas, e inaugura ainda neste ano escritórios em Dubai e Istambul. Com uma receita de € 70 milhões no primeiro semestre do ano (21% mais que no mesmo período de 2011), a Simon-Kucher espera chegar a um resultado de € 140 milhões ao final de 2012. Para sustentar esse crescimento, a força de trabalho deve aumentar em 150 pessoas até o final do ano – atualmente, a empresa conta com 625 funcionários.
O escritório de São Paulo, com previsão de abertura no 2º trimestre do ano que vem, começará pequeno, com cinco ou sete funcionários, mas, segundo Tacke, deve chegar a até 50 colaboradores no médio prazo. Nesse período, o executivo acredita que o Brasil vai estar entre os cinco principais mercados para a Simon-Kucher.
“A América Latina está experimentando hoje um forte crescimento do seu PIB (Produto Interno Bruto). Isto somado ao fato de que existem, no continente, 500 companhias gerando um lucro anual de US$ 500 milhões, faz com que a região apresente um potencial significativo para nossos serviços de consultoria. Aprendemos, recentemente, que esses serviços nas áreas de estratégias, marketing, precificação e vendas são importantes para as empresas brasileiras, e, como o Brasil é, de longe, o mercado latino-americano mais importante, temos grandes expectativas [em relação ao País]”, argumentou.
A meta da consultoria é chegar a uma receita de US$ 6 milhões a US$ 10 milhões e a um número de clientes entre 50 e 100 em cinco anos no Brasil. Dentre os setores mais promissores para a companhia no mercado nacional, Tacke destacou os da saúde, automotivo e de serviços (como telecomunicações, por exemplo).