O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, revelou nesta quinta-feira (6) os detalhes do novo plano de compra de títulos para diminuir a crise de dívidas na zona do euro. Segundo ele, o mecanismo deverá "solucionar diversas distorções" nos mercados secundários, que, na sua opinião, baseiam-se em "medos infundados".
Para Draghi, a discussão sobre o fim do euro, a moeda única, não vai evoluir. Segundo ele, a moeda adotada por 17 dos 27 países da União Europeia é "irreversível". Especialistas do banco estimam que a economia da zona do euro deverá encolher 0,4% em 2012 e crescer 0,5% em 2013, com a inflação subindo para 2,6%.
Com a compra de títulos, o Banco Central pretende diminuir os custos de empréstimo para os membros do grupo que estão afogados em dívidas, como Itália e Espanha, por exemplo. Alguns governos, no entanto, têm se manifestado contra a decisão da instituição europeia.
O comando do Banco Central da Alemanha, por exemplo, afirmou que a decisão vai prejudicar os esforços de reformas amplas e impopulares, implementadas por alguns governos. A instituição alemã considera essas medidas de austeridade necessárias para resolver a crise da dívida na Europa.
Em coletiva de imprensa em Madri após visita ao primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, nesta quinta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, não quis comentar em profundidade a decisão do BCE, limitando-se a declarar que o banco é independente e que agiu dentro dessa condição.
Com informações da Agência Brasil