A crise da dívida da zona do euro está deixando vestígios claros também na Alemanha. A afirmação é do Instituto da Economia Alemã de Colônia (IW-Köln), em texto publicado em seu site no qual divulgou seu prognóstico da conjuntura econômica alemã para 2012 e 2013, nesta segunda-feira (17).
A estimativa da instituição é de que o PIB (Produto Interno Bruto) do país cresça 1% neste ano, e “escassos” 0,75% no ano que vem. Isso caso as políticas de combate à crise avancem e a economia mundial não despenque, ressalva a o IW-Köln.
Tendo como base esse cenário, as perspectivas para os exportadores alemães são razoavelmente alentadoras. As exportações devem crescer cerca de 3% neste ano, e 4% no ano que vem. Já os investimentos em máquinas e equipamentos, em função das baixas expectativas de negócios das empresas, devem recuar 2% em 2012. No entanto, se o clima conjuntural internacional melhorar, como esperado, um crescimento de 1,25% no ano que vem é possível.
O mercado de trabalho alemão, de acordo com o instituto, permanecerá robusto no período, e tanto em 2012 quanto em 2013 a taxa de desemprego média ficará em cerca de 6,5%. O ano que vem acena, inclusive, com um número de desempregados registrados abaixo dos 2,9 milhões, o que seria o menor nível desde 1991, ressalta o IW-Köln. Por causa da situação estável do emprego, o consumo privado pode até mesmo crescer um pouco e, por conseguinte, permanecer como um sustentáculo da conjuntura econômica alemã.