Você sabia que o câncer de mama é o que tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil? Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) de 2016, a incidência da doença no Brasil é de 57.120 novos casos/ano, com taxa de mortalidade de 14.488 casos/ano. Contudo, o câncer de mama é também o que mais possui recursos para o diagnóstico. Então por quê estes números são tão elevados?
Ciente da gravidade do assunto, a Câmara Brasil-Alemanha aderiu à campanha Outubro Rosa em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz e reuniu na tarde desta quarta-feira (31) suas colaboradoras e seus colaboradores para uma palestra sobre o câncer de mama.
A palestra foi ministrada pelo doutor Carlos Alberto Ruiz, médico graduado pela Faculdade de Medicina da USP, especializado em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia, integra o time do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Colaboradoras e colaboradores de nossas empresas parceiras, como o Deutsche Genossenschafts- und Raiffeisenverband e.V. (DGRV) e a consultoria Rödl &Partner também prestigiaram o evento.
Durante a palestra, o médico ressaltou que o diagnóstico precoce é fundamental para evitar a metástase – formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra. “Para atingir 1 cm de tamanho o câncer demora em média de 8 a 10 anos. Após essa fase, ele duplica de tamanho a cada 3 meses. Se não tratado antes de atingir 1cm, ele pode matar em até 3 anos”, explicou, destacando como é importante realizar o diagnóstico antes da palpabilidade.
Dr. Ruiz esclareceu ainda que, contrariando o que muitos dizem, o autoexame não substitui a mamografia. “Se o exame causa desconforto, escolha o melhor momento para fazê-lo – em geral logo após a menstruação. Mas não deixe de fazê-lo anualmente a partir dos 40 anos”, afirmou.
Em um discurso humanizado, dr. Ruiz foi enfático sobre a necessidade de incentivar as mulheres a cuidarem mais da própria saúde e ressaltou que, ainda que o medo de descobrir a doença seja um dos pontos que desestimulam as mulheres a realizarem a mamografia, há, sim, vida após o câncer de mama. “O câncer de mama não é uma sentença de morte, mas sim uma oportunidade de vida. Repare como as mulheres que enfrentam a doença dão uma guinada na vida. Lembre-se sempre que ninguém é insubstituível. Por isso seja a sua prioridade!”, frisou.
Durante o evento, o médico fez ainda um quiz com os participantes para verificar se sabiam diferenciar os mitos e verdade a respeito da doença.
Confira alguns dos esclarecimentos feitos por meio do quiz:
– 35% dos participantes acreditavam que todo nódulo mamário é câncer. “Aproximadamente 80% dos nódulos nas mamas não caracterizam câncer”, explicou.
– 60% dos presentes na palestra acreditavam que o uso da pílula anticoncepcional aumenta o risco de câncer de mama. “Trabalhos mostram que, como se trata de um câncer hormônio-dependente, o uso da pílula aumenta levemente a chance de incidência, pois ela contém estrogênio e progesterona. Contudo, os números são ínfimos e não justificam a não utilização deste anticoncepcional”, destacou.
– 15% dos participantes não sabiam que a depressão aumenta o risco de câncer de mama. “A depressão não é apenas emocional, mas também afeta o sistema imunológico. Cuidar da mente faz toda a diferença”, ressaltou.
– 100% dos presentes no evento sabiam que homens também podem desenvolver câncer de mama. A relação é baixa, mas não inexpressiva: a cada 100 casos de câncer de mama, um é em homem. “Nunca tivemos tantos casos de homens com câncer de mama como temos hoje”, alertou o médico, completando que o uso de anabolizantes contribui para o aumento da estatística.
Confira abaixo as fotos do evento: