Brasil e Alemanha pedem reforma em conselho da ONU


Os governos do Brasil, da Alemanha, do Japão e da Índia emitiram nesta terça-feira (25) declaração conjunta em defesa da ampliação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O órgão que define as decisões sobre a segurança e a paz no mundo é composto por 15 países, dos quais apenas cinco têm assento permanente (China, França, Rússia, Estados Unidos e Reino Unido) e dez rotativos – cujo período é de dois anos.



Na terça, os ministros Antonio Patriota (Brasil), Guido Westerwelle (Alemanha), Koichiro Gemba (Japão) e Ranjan Mathai (Índia) reuniram-se em Nova York para discutir a ampliação do Conselho de Segurança. Após o encontro, foi divulgado um comunicado com cinco parágrafos, no qual os quatro governos reiteram a necessidade de retomar o debate sobre a reforma do órgão.



"Os ministros expressam a visão sobre o forte apoio para uma expansão em ambas as categorias [vagas permanentes e rotativas], que deve ser refletida no processo de negociação entre os Estados-membros, e solicitam a elaboração de um documento conciso como base para futuras negociações", diz o texto.



Nas discussões sobre a ampliação do Conselho de Segurança, há várias propostas. Uma delas sugere a ampliação de 15 para 25 vagas no total, abrindo espaço para um país em cada continente. Nas Américas, o Brasil e a Argentina pleiteiam um assento no órgão. Na África, não há consenso.



Na declaração conjunta, os ministros ressaltam também que é fundamental rever o formato atual do Conselho de Segurança, que data do período imediatamente posterior à 2ª Guerra Mundial. "[É necessário promover a reforma] a fim de melhor refletir as realidades geopolíticas de hoje. Os países do G4 reafirmaram compromissos como aspirantes a novos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, bem como seu apoio às respectivas candidaturas. Também reafirmam sua visão da importância de a África ser representada", diz o texto.



Com informações da Agência Brasil

Roberto Stuckert Filho/Presidência da República
Roberto Stuckert Filho/Presidência da República