A companhia alemã Bertelsmann e a britânica Pearson anunciaram, nesta segunda-feira (29), a fusão de suas editoras de livros, respectivamente a Random House e a Penguin, criando a Penguin Random House, nova gigante do setor editorial.
Segundo comunicado divulgado pela Bertelsamnn, a companhia alemã ficará com 53% da nova empresa e a Pearson, com 47%, e o fechamento da operação acontecerá no segundo semestre de 2013, após passar pelo crivo das autoridades regulatórias. O CEO do novo grupo será Markus Dohle, que atualmente ocupa a mesma posição na Random House. O presidente do Conselho Diretor, por sua vez, será o atual CEO da Penguin, John Makinson. Até o fechamento da operação, as editoras manterão seus negócios em separado.
Ainda de acordo com o comunicado, o novo grupo editorial vai abranger todas as divisões e selos da Random House e da Penguin nos EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Índia e África do Sul, bem como a editora da Penguin na China e as operações da Random House em língua espanhola na Espanha e na América Latina. A editora de língua alemã Verlagsgruppe Random House, no entanto, não fará parte da nova empresa e continuará sob o controle da Bertelsmann. O texto ressalta também que os selos da Penguin e da Random House continuarão a publicar seus livros com a autonomia de que desfrutam atualmente e manterão suas identidades editoriais.
“A combinação dos dois negócios vai reforçar nossa tradição editorial, oferecendo uma diversidade extraordinária de oportunidades para autores, agentes, livreiros e leitores, com apoio e recursos inigualáveis”, afirma o CEO da Bertelsmann, Thomas Rabe. “O anúncio de hoje é um marco não apenas para a Random House, mas para todo o grupo Bertelsmann, com seus 177 anos de história. A fusão da Random House com a Penguin, em primeiro lugar, fortalece significativamente a edição de livros, um dos nossos negócios-chave. Em segundo lugar, avança a transformação digital em uma escala ainda maior, e, em terceiro, aumenta nossa presença em mercados em crescimento como o Brasil, a Índia e a China”, completa.