Apesar da recessão europeia, a economia alemã continua a crescer, embora num ritmo mais lento. A afirmação é do Escritório Federal de Estatísticas alemão (Destatis), ao confirmar, nesta sexta-feira (23), que a Alemanha cresceu 0,2% do terceiro trimestre neste ano, na comparação com os três meses imediatamente anteriores (o órgão havia anunciado o dado prévio na metade de novembro). No primeiro trimestre, o país cresceu 0,5%, e no segundo, 0,3%.
De acordo com o Destatis, a demanda externa contribuiu positivamente para o PIB (Produto Interno Bruto) de agosto a outubro – a exportação de bens e serviços cresceu 1,4% frente ao segundo trimestre, com as importações aumentando em um patamar menor (+1%).
No que tange à demanda doméstica no terceiro trimestre, houve sinais em direções contrárias. O consumo das famílias (+0,3%) e do governo (+0,4%) aumentou em relação aos três meses anteriores, bem como a formação bruta de capital fixo no setor da construção (+1,5%). No entanto, a formação bruta de capital fixo em máquinas e equipamentos continuou a cair (o que vem ocorrendo há um ano), fechando um recorde de 2% de queda no período.
Na comparação anual, o ritmo de crescimento da economia vem caindo desde o início do ano. O PIB do terceiro trimestre subiu 0,4% em relação ao mesmo período de 2011 – resultado que se deve, entre outras coisas, ao efeito calendário, já que nesse ano houve um dia a menos de trabalho do que no ano passado (em termos ajustados, o PIB subiu 0,9% neste terceiro trimestre).
De acordo com cálculos iniciais do Destatis, cerca de 41,7 milhões de pessoas estavam empregadas no território alemão entre agosto e outubro deste ano, o que representa um aumento de 0,9% em relação a 2011 (ou 360 mil pessoas).