Segundo a ABEEólica, Associação Brasileira de Energia Eólica, o Brasil encerra 2012 com 2,4 GW de potência eólica instalada, o que leva a fonte a ter 2% de participação na matriz elétrica brasileira. “Essa capacidade instalada representa, de fato, a efetiva inserção da indústria eólica no País. Somente em 2012 instalamos 38 novos parques eólicos, totalizando 106 empreendimentos, e acrescentamos 1 GW no sistema. Esse mesmo volume foi injetado anteriormente em um período de 13 anos, de 1998 a 2011. Tivemos um salto virtuoso”, destaca a presidente executiva da entidade, Elbia Melo.
A capacidade instalada atual possibilita o fornecimento de energia a quatro milhões de residências. “É uma fonte limpa e renovável, que gera empregos e renda para o Brasil. Em 2012 foram gerados 15 mil empregos diretos e temos, hoje, 11 fabricantes instalados no País. No último ano foram investidos no setor certa de R$ 7 bilhões e a previsão é chegar a R$ 50 bilhões até 2020”, ressalta Elbia.
De acordo com a ABEEólica, dados do Plano Decenal de Energia (PDE 2021), documento do governo federal que define metas do setor de energia para o período 2012-2021, evidenciam o crescimento da fonte eólica no Brasil. Segundo o PDE 2021, a participação eólica na matriz elétrica chegará a 9% em 2021, com 16 GW instalados.
Para o próximo ano, a presidente executiva da entidade que congrega empreendedores geradores, fabricantes de aerogeradores e suas respectivas cadeias produtivas acredita que o Brasil atingirá 4 GW de capacidade instalada, saltando, com isso, da atual 16ª posição para o grupo de dez países com maior capacidade eólica instalada no mundo.
“O ano de 2012, sob o aspecto da contratação, não foi um período muito animador, visto que a economia cresceu menos do que o esperado e as distribuidoras estão sobrecontratadas. Para 2013 esperamos a retomada do crescimento do PIB nacional, em torno de 4%, e a retomada nos níveis de contratação de energia elétrica, possibilitando, dessa forma, que seja mantida nossa meta de 2 GW por ano, garantindo a consolidação e a sustentabilidade da indústria no longo prazo”, vislumbra Elbia.