Empresas têm desafios para expansão global

As multinacionais de países emergentes que estão se expandindo para novos mercados têm dificuldades para organizar equipes internacionais e alinhar a gestão de talentos à estratégia de negócios. O principal desafio para essas companhias na próxima década será construir e executar estratégias de mobilidade global para formar equipes de alta performance, combinando competências globais e conhecimentos locais, equilibrando autonomia e centralização.

Essas são as principais conclusões da pesquisa “Desafios do crescimento”, realizada pela Ernst & Young, que entrevistou 810 executivos de 35 mercados em rápido crescimento entre março e abril de 2012.  A amostra inclui empresários de 21 setores, dos quais 53% são CEOs, CFOs ou outros executivos C-level. Entre as companhias, 54% têm receita de US$ 1 bilhão ou mais.

A maioria dos entrevistados diz ter dúvidas sobre a capacidade de suas organizações em estruturar uma equipe internacional de gestão que seja efetiva. Apenas 20% dos executivos consultados apontaram que a companhia em que trabalham gerencia talentos em todos os mercados com eficácia. Somente 28% dos entrevistados afirmaram que a liderança de suas equipes tem visão global na tomada de decisões. A mesma porcentagem considera que os líderes têm tempo de atuação profissional suficiente fora de seus países de origem.

De acordo com o estudo, as duas principais dificuldades entre os líderes das equipes de gestão são: falta de conhecimento da cultura local (51%) e pouca compreensão dos mercados globais (50%). Apenas 18% dos entrevistados dizem que as empresas nas quais trabalham conseguem equilibrar talentos locais e gerentes expatriados em mercados internacionais.

“As multinacionais nos países desenvolvidos estão se internacionalizando há anos por meio da abordagem que combina o conhecimento global e local – é o que dá sustentação a muitas organizações, à medida que estas crescem para novos mercados. Os líderes de gestão de talentos precisam demonstrar que podem conseguir o melhor de suas equipes por meio da sensibilidade em relação aos mercados locais, fazendo com que todos se sintam valorizados, e dando ouvidos às opiniões diversas para alcançar melhores resultados. Nos mercados emergentes, um novo tipo de gestor é necessário para transcender as múltiplas geografias e balancear autonomia e centralização, global e local”, afirma Tatiana da Ponte, sócia líder de Human Capital da Ernst & Young Terco.

SXC
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