O governo alemão divulgou, nesta quarta-feira (16), seu Relatório Econômico Anual, com as estimativas para a economia do país em 2013. A projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano é de 0,4%.
"Temos todas as razões para sermos otimistas. A Alemanha estará novamente na liderança da economia e do mercado de trabalho da Europa em 2013. Nossa expectativa é de que o período fraco pelo qual passamos neste inverno seja superado ao longo do ano, e que nossa economia ganhe um ponto de partida firme novamente. Esperamos que a economia cresça 0,4% em 2013 e 1,6% em 2014. O mercado de trabalho vai continuar estável em um nível recorde, a renda seguirá crescendo e a evolução da inflação será moderada", declarou o ministro da Economia e da Tecnologia da Alemanha, Philipp Rösler.
Segundo comunicado do Ministério, no curso de 2012, o crescimento desacelerou como resultado da performance fraca da economia global e da crise de confiança na zona do euro, porém, esta fase de fraqueza deve acabar em breve. Em 2013, é provável que o crescimento aumente novamente de forma considerável, e será largamente guiado pela demanda doméstica.
O relatório destaca que o mercado de trabalho também está se provando resiliente. O nível de atividade remunerada, que alcançou um recorde em 2012, deve aumentar ligeiramente em 2013 – em 15 mil pessoas – chegando a 41,6 milhões de empregados. O número de desempregados seguirá em um nível baixo.
À vista dos salários crescentes e da inflação moderada – que deve ficar em 1,8% –, os consumidores também se beneficiarão, diz o texto. A projeção é de que a renda das famílias cresça 2,3% em 2013, mesmo patamar de 2012. O número de vagas e o salário por empregado devem aumentar 1% em termos reais. Esses indicadores viram, assim, um ganho real em todos os anos desde 2009, ressalta o relatório.
"O Relatório Econômico Anual mostra que a política ambiciosa do governo de consolidação do orçamento, por um lado, e os impostos reduzidos, por outro, estão produzindo frutos. O governo federal vai reduzir a carga tributária de cidadãos e empresas, apenas neste ano, em quase €8 bilhões. Ele aboliu a taxa de consultas médicas, cortou a taxa de contribuição para o seguro de pensão obrigatório e aumentou o limite mínimo para [que seja cobrado] o imposto de renda", afirmou Rösler.
Será importante, de acordo com o comunicado, continuar os esforços para fortalecer o crescimento, e o objetivo deve ser melhorar ainda mais a competitividade da economia alemã.
O texto afirma ainda que o principal fator por trás do sucesso continuado do mercado de trabalho será intensificar esforços para atrair profissionais qualificados, tanto no que se refere à força de trabalho da própria Alemanha, quanto a buscar uma política de imigração inteligente. As possibilidades de imigração existentes deveriam ser ampliadas para cobrir outros setores, finaliza o comunicado no site do Ministério.