Alemãs ocupam poucos cargos de alta gerência

O número de mulheres nos conselhos de administração e diretorias das grandes empresas alemãs aumentou em 2012, mas permanece ainda em níveis baixos. Essa foi a principal conclusão do estudo denominado “Barômetro das Gerentes”, divulgado na quarta-feira (16) pelo Instituto Alemão de Pesquisas Econômicas (DIW Berlin, na sigla em alemão). Apenas 4% dos cargos de chefia das duzentas maiores empresas alemãs em volume de vendas são ocupados por mulheres, um aumento de 1% em relação a 2011.

Nas trinta maiores empresas alemãs com ações na bolsa de Frankfurt, as chamadas DAX-30, o percentual de mulheres nas diretorias aumentou de 3,7% para 7,8% em um ano. A presidência dessas empresas, entretanto, ainda continua exclusiva dos homens.

No setor financeiro, as mulheres ocupam a maioria dos cargos, mas são poucas entre as posições de comando. Os cem maiores bancos da Alemanha registraram em 2012 apenas 4,2% de mulheres em suas diretorias, e as seguradoras, apenas 5,7%.

A participação das mulheres em conselhos de administração é bem maior do que nas diretorias, tanto nas duzentas maiores empresas alemãs quanto nas DAX-30, com percentuais de 12,9% e 19,4% respectivamente. No setor financeiro, as mulheres ocupam 17,8% das cadeiras dos conselhos administrativos dos bancos e 15,3% das seguradoras.

 

Diferença salarial


A diferença salarial entre homens e mulheres na Alemanha é de menos de 2%, atualmente. Esse dado foi apontado por outro estudo, feito pelo Instituto de Economia Alemã de Colônia (IW, na sigla em alemão) e divulgado também nesta semana.

De acordo com o estudo, esse dado é contraditório em relação aos levantamentos preliminares, que apontam uma diferença aparente de 25% entre os salários de homens e mulheres. Para melhorar os parâmetros de comparação, os pesquisadores levaram em consideração fatores como jornada de meio período, estágio e vínculo formal de trabalho. Com esse cenário, a diferença já cai para 11%.

A análise fica completa quando é incluído o âmbito familiar e a educação infantil. Segundo o IW, quanto menos tempo as mulheres permanecem em casa por licença maternidade ou cuidando das crianças, menor é a diferença salarial para os homens. Quando elas se afastam das atividades profissionais em função desse motivo por até, no máximo, 18 meses, essa diferença cai para menos de 2%.

SXC/Divulgação
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