Em janeiro, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), de São Paulo, realizou sua primeira coleta de medula óssea para transplante alogênico não relacionado – a partir de doador não aparentado. Com experiência de mais de 20 anos na realização de transplantes medulares autólogos (quando as células vêm do próprio paciente) e alogênicos relacionados (quando o material vem de um parente compatível), a instituição realizou a coleta aproximadamente seis meses depois da autorização federal, recebida em junho, para a realização do transplante alogênico não relacionado.
De acordo com o HAOC, para minimizar qualquer tipo de transtorno para os doadores, as coletas de medula são realizadas em hospitais autorizados, próximos de seu domicílio. Neste primeiro caso, o doador apresentava excelente acesso venoso, o que permitiu que a coleta fosse feita por meio do sangue periférico, sem necessidade de intervenção cirúrgica. Já em março, no último dia 05, foi realizada outra coleta, mas em Centro Cirúrgico.
Para o coordenador dos Transplantes de Medula Óssea do hospital, Celso Massumoto, a partir da autorização federal, por meio da Portaria SAS-604 do Ministério da Saúde, o hospital alcançou um novo patamar. “Agora, além de integrar a elite médica que realiza transplantes de medula óssea no Brasil, o hospital tem acesso ao REDOME/REREME (registros de doadores e receptores de medula óssea do Instituto do Câncer – INCA), com mais de 2,8 milhões de doadores registrados. Participar deste grupo faz com que nossos pacientes possam se beneficiar de medulas ósseas compatíveis vindas de qualquer parte do mundo. Da mesma forma, podemos auxiliar um receptor em qualquer lugar do planeta com uma medula óssea coletada em nosso serviço. Poucas instituições fazem parte deste time e, por isso, nos sentimos muito honrados.”