A BASF, o Grupo Linde e a ThyssenKrupp iniciaram no dia 1º de julho um projeto para tornar utilizável em escala industrial, de forma competitiva e amigável ao meio ambiente, o gás carbônico (CO2), um dos gases causadores do efeito estufa, como matéria-prima.
Juntamente com a hte AG, subsidiária da BASF, e com os parceiros científicos VDEh-Betriebsforschungsinstitut (um instituto de pesquisa e desenvolvimento para a indústria metalúrgica, de Düsseldorf) e a TU Dortmund University, as companhias estão desenvolvendo um processo de duas fases.
Na primeira, gás natural será processado a altas temperaturas através de uma tecnologia inovadora para obter hidrogênio e carbono, com uma produção residual de CO2 muito pequena se comparada a outros processos. Na segunda fase, o hidrogênio reagirá com grandes volumes de CO2, provindo de outros processos industriais, para produzir o gás de síntese – uma mistura de monóxido de carbono e hidrogênio que é um insumo chave para a indústria química e também é apropriado para produzir combustíveis.
O Ministério Alemão da Educação e Pesquisa está subsidiando o projeto com um total de € 9,2 milhões, e a previsão de duração do mesmo é de três anos.
“Junto com nossos parceiros, queremos desenvolver uma tecnologia que vai abrir caminhos inovadores para produzir hidrogênio e gás de síntese em uma escala industrial a partir do gás natural, um recurso que estará disponível no longo prazo. Apenas na obtenção do hidrogênio, nós esperamos que as emissões de CO2 fiquem 50% mais baixas do que nos atuais processos. Ao mesmo tempo, o novo processo produz hidrogênio a um custo particularmente competitivo”, afirma o presidente da BASF SE Process Research & Chemical Engineering, Peter Schuhmacher.
A BASF coordena o projeto conjunto e, em cooperação com a hte, conduz as atividades de pesquisa experimental na decomposição do gás e no desenvolvimento catalítico para a produção do gás de síntese. Com base nisso, os parceiros pretendem elaborar o design de uma planta piloto e um conceito para integrar a nova tecnologia a linhas de produção químicas e siderúrgicas já existentes. A responsabilidade pela engenharia cabe à Linde e à ThyssenKrupp Uhde. A ThyssenKrupp Steel Europe e sua subsidiária Kokereibetriebsgesellschaft Schwelgern (KBS) farão o condicionamento do carbono e os testes para o uso na indústria siderúrgica.