“Temos que aumentar os investimentos em pesquisas no meio empresarial. Não é só a academia, por meio das universidades, ou o governo, por seus institutos, que desenvolve inovação. As empresas também desenvolvem. Os exemplos dos países mais desenvolvidos do mundo nos colocam assim: as empresas têm que fazer pesquisa”, afirmou o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Marco Antonio Raupp. A declaração foi feita durante palestra realizada na 65ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está acontecendo no campus da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife (PE), de 21 a 27 de julho, com o tema “Ciência para o Novo Brasil”.
Com orçamento de R$ 12,7 bilhões para investimentos neste ano, o ministro considera positivo o atual cenário no setor. Este ano, os recursos da pasta superam em mais de R$ 4 bilhões os do ano anterior. “Estamos vivendo um ambiente favorável ao crescimento e à expansão das atividades de ciência e tecnologia no Brasil”, afirmou.
Programa Nacional de Nanotecnologia
O ministro citou ações executadas pela pasta e destacou a reformulação do Programa Nacional de Nanotecnologia. A chamada Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia (IBN) deverá ser lançada no dia 19 de agosto, informou Raupp. “O IBN prevê investimento na pesquisa, formação de recursos humanos. É um conjunto de laboratórios agindo integrados, de maneira que permita projetos de cooperação internacional.”
A iniciativa priorizará a pesquisa em nanociência para sensores, dispositivos e materiais e compósitos, a partir dos 26 laboratórios que compõem o Sistema Nacional de Laboratório em Nanotecnologia (SisNano). O funcionamento será de maneira aberta ao uso, tanto por pesquisadores ou grupo de pesquisas quanto por empresas.
Com o programa para o setor, atualmente em vigor, já estão sendo investidos R$ 38,9 milhões diretamente nos laboratórios, além do aporte de R$ 9 milhões para que esses grupos de pesquisa incorporem a rede Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec). Os recursos também possibilitarão o financiamento de cooperações internacionais, com bolsas de estudos a universitários brasileiros.
O ministro anunciou ainda que a pasta estudar lançar programa semelhante para a área de biotecnologia, com foco na geração de inovação tecnológica para ampliar a competitividade da indústria nacional.
Com informações da Agência Brasil