Entrou em operação nesta semana, na Embrapa Estudos e Capacitação, em Brasília, o Labex GIB (Germany in Brasil) ou Labex invertido Brasil-Alemanha. Na cerimônia de abertura, o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, destacou a trajetória de 15 anos do modelo de Laboratórios Virtuais da Embrapa no Exterior – Labex, com parcerias nos Estados Unidos, França, Grã Bretanha, Alemanha, Coréia, China e Japão. Para ele, trata-se de um modelo que tem permitido a construção de uma cooperação como uma via de duas mãos, que beneficia não apenas o Brasil, mas também as demais nações parceiras.
O evento contou com a presença do embaixador da Alemanha no Brasil, Wilfried Grolig, do secretário do ministério alemão da Educação e Pesquisa, Georg Schütte, e do diretor do Instituto de Bio e Geociências do Centro de Pesquisas Jülich, onde funciona o Labex Alemanha, Ulrich Schurr. A Embrapa foi representada por Maurício Lopes e pelo chefe da Secretaria de Relações Internacionais, Márcio Porto.
Lopes ressaltou a necessidade de trabalho conjunto para enfrentar desafios do futuro como a promoção da segurança alimentar e nutricional e as mudanças climáticas. “Nenhuma instituição no mundo é capaz de, isoladamente, fazer frente a esses grandes desafios. Precisamos de cooperação”, assinalou.
O embaixador Wilfried Grolig disse que o Labex é um modelo de cooperação que pode ser exemplo para outras áreas. Por sua vez, o representante do ministério alemão da Educação e Pesquisa afirmou que o Labex GIB (Germany in Brasil) traz novas oportunidades de pesquisa para os dois países. Ele destacou as áreas de bioeconomia, de segurança alimentar, da química verde e de biocombustíveis. “O Brasil é líder em produção e em pesquisa agropecuária e a Alemanha busca cooperação científica para enfrentar questões mundiais, por isso estamos felizes com essa parceria.”
Labex Alemanha
Desde outubro de 2012, a Embrapa conta com um pesquisador realizando atividades no Forschungszentrum Jülich (Centro de Pesquisas de Jülich, em tradução livre) um dos maiores centros de pesquisa da Alemanha. A unidade é uma ramificação (filial) do Labex Europa, com sede em Montpellier na França.
A vaga brasileira na Alemanha é ocupada pelo pesquisador Paulo Sérgio de Paula Herrmann Júnior, na área de desenvolvimento de métodos e processos avançados em caracterização de funções biológicas e fenotipagem vegetal.
A vaga no Brasil será ocupada, nos próximos dois anos, pela pesquisadora Anke Schickling, do instituto alemão. Ela usará a estrutura da Embrapa e trabalhará em conjunto com pesquisadores brasileiros realizando estudos de interesse comum.
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