Foram vendidas em 2012 cerca de 223 milhões de unidades de TVs de tela fina no mundo, uma queda de 2% em relação ao ano anterior. Já o Brasil fechou na contramão do mercado, com crescimento de 18%. O país, que é destaque nesta categoria na América Latina, sinaliza alta no volume comercializado de 13% na comparação de janeiro a agosto de 2013 com o mesmo período de 2012, com 7,7 milhões de unidades vendidas nos oito primeiros meses deste ano. Os dados fazem parte de estudo da GfK, empresa alemã de pesquisa de mercado.
No Brasil, o mercado de TVs cresce impulsionado por televisores LED: entre junho e agosto de 2013, 90% das TVs de tela fina compradas pelos brasileiros tinham LED, contra 7% de Plasma, que mundialmente vem perdendo espaço no mercado. O preço médio das TVs de tela fina no Brasil subiu entre 2012 e 2013 (considerando o período entre agosto/12 e agosto/13): alta de 11%, saindo de R$ 1.316,00 para R$ 1.458,00.
Apesar da alta penetração, a televisão de tela fina é o produto com maior intenção de compra: 83% das 500 pessoas ouvidas nas capitais em outubro pela GfK afirmaram ter uma TV de tela fina em casa; e 32% responderam ser este o item que pretendem comprar nos próximos seis meses.
“A Copa do Mundo no Brasil influencia nesse resultado e o preço é o que mais pesa na decisão de compra do produto, seguido pela marca do fabricante e melhor resolução de imagem. Entre os entrevistados, 44% disseram que o produto mais desejado de compra para a Copa é a televisão de tela fina. Sendo que uma maior concentração, ou 59% dos compradores em potencial, está no Nordeste”, afirma Alex Ivanov, gerente da Área Digital da GfK, acrescentando que a internet é o canal de compra mais visado pelos respondentes.
O estudo da GfK revela também que, na comparação com outros países, as TVs 3D ainda têm uma menor participação no Brasil: em 2013, representam apenas 15% do mercado, contra 85% de televisores convencionais. Na China, essa proporção é de 42% (3D) x 58% (convencional); na Alemanha é de 39% (3D) contra 61% (convencional). Já as TVs conectadas crescem em todos os países, com queda de 6% nos preços no Brasil: de R$ 1.257,00 para R$ 1.176,00 entre jan-ago 2012 x jan-ago 2013.
Eletrônicos x Manifestações
A pesquisa da GfK também quis saber dos consumidores, em outubro, quantos tinham deixado de comprar eletrônicos durante o período de manifestações no país: 14% disseram ter deixado de comprar. No entanto, 2013 é visto como um ano positivo para o comércio de eletrônicos.
“A previsão é que este ano termine com um faturamento de R$ 83,5 bilhões, com um crescimento do mercado de eletrônicos brasileiro em torno de 12% em relação a 2012, quando o resultado foi de R$ 74,5 bilhões”, conclui Ivanov.