O Instituto Goethe de São Paulo, integrante da rede do Goethe-Institut, comemora neste mês cinco décadas de atuação como ponte cultural entre o Brasil e a Alemanha, divulgando a língua alemã e apresentando a arte contemporânea do país ao público paulistano.
A filosofia do Goethe-Institut fundamenta-se no diálogo e na parceria. Desde a sua fundação, figuras renomadas das mais diversas áreas artísticas passaram pelo instituto, a fim de mostrar seu trabalho e dialogar com o público brasileiro: Jürgen Habermas, Hans Magnus Enzensberger e Peter Sloterdijk, Heiner Müller, Frank Castorf e Christoph Schlingensief, Werner Herzog, Wim Wenders e Margarethe von Trotta, Pina Bausch, Sasha Waltz e Susanne Linke, Kraftwerk, Cassiber e Ingrid Caven, Anselm Kiefer, Georg Baselitz e Andreas Gursky, Herta Müller, Ingo Schulze, e Uwe Timm.
No final da década de 1960, aconteceram as primeiras projeções de filmes de diretores como H. W. Fassbinder e Werner Herzog. Inúmeras exposições foram realizadas com o apoio do Goethe-Institut em parceria com MASP, Pinacoteca, CCBB, SESC, Paço das Artes, MIS, Centro Cultural São Paulo, entre outros. Seminários e conferências tratando de temas como direitos humanos, movimento feminino, política cultural e teoria crítica foram realizados nos anos 1970 e 1980, mesmo sob o risco de censura.
Hoje, o Goethe-Institut é parte integrante da infraestrutura cultural de São Paulo e atua dentro de uma grande e diversa rede de parceiros. Projetos concebidos em conjunto, coproduções, residências artísticas, discussões sobre temas globais como mudança climática, biodiversidade, planejamento urbano etc. vão além da mediação da cultura alemã e descrevem perspectivas futuras, nas quais a volta dos projetos à Alemanha também tem um papel fundamental.
Além disso, oferece atualmente cursos para mais de 3.500 alunos por ano e um serviço de informação e biblioteca aberto ao público, com ênfase nas áreas de filosofia, arte, história, teatro, literatura e alemão como língua estrangeira.
Fundado inicialmente como filial no Instituto Hans Staden, o Goethe-Institut mudou-se em 1963 para a Rua Augusta como “Casa de Goethe”. Mais tarde, no final dos anos 70, ganhou o nome atual e, em 1983, mudou-se para um antigo convento de irmãs passionistas, na Rua Lisboa, em Pinheiros, sua sede definitiva adquirida pelo governo alemão.
Neste mês, o site do instituto (www.goethe.de/saopaulo) e sua página no Facebook (www.facebook.com/goethesp) ganham uma seção comemorativa com o projeto “50 Anos – 51 Testemunhos”, que mostra o que pensam artistas, comunicadores e parceiros brasileiros sobre seu trabalho.
