Uma vez que a ineficácia na área de segurança da informação atinge 83% das organizações, 93% das empresas no mundo estão mantendo ou aumentando seus investimentos em segurança cibernética para combater a crescente ameaça dos ataques cibernéticos, de acordo com uma nova pesquisa publicada pela multinacional de auditoria e consultoria EY (antiga Ernst & Young).
O estudo é a 16ª Pesquisa Anual Global sobre Segurança Cibernética da EY, que tem como objetivo identificar o nível de conscientização das empresas e as ações adotadas por elas em resposta a ameaças cibernéticas; para o levantamento, foram consultados 1.900 executivos do mundo todo.
Os resultados deste ano indicam que, apesar de as empresas continuarem investindo fortemente em medidas de proteção contra ataques cibernéticos, a quantidade de ocorrências de quebra de segurança continua aumentando. A possibilidade de um ataque deixou de ser a questão principal: o que importa é estar preparado para quando acontecer.
Entre os entrevistados, 31% deles relatam que a quantidade de incidentes relacionados à segurança em suas organizações aumentou pelo menos 5% nos últimos 12 meses. Muitos perceberam a relevância e a seriedade da ameaça imposta às empresas, e, como resultado, as questões relativas à segurança da informação são geridas pela alta administração em 70% das organizações pesquisadas.
Ken Allen, Líder Global de Segurança da Informação da EY, afirma: “O crime cibernético é a maior ameaça à sobrevivência das organizações hoje. Embora uma parcela cada vez maior do orçamento venha sendo destinada à inovação em segurança, muitos profissionais da área de segurança da informação ainda acreditam que seu orçamento não seja suficiente para lidar com riscos cibernéticos, que crescem cada vez mais”.
Apesar de a metade dos entrevistados planejar um aumento orçamentário de 5% ou mais nos próximos 12 meses, 65% citam as restrições orçamentárias como a principal dificuldade enfrentada para operar nos níveis ideais para o negócio; e entre as organizações com faturamento de até US$ 10 milhões, esse percentual salta para 71%.
Dos orçamentos planejados para os próximos 12 meses, 14% estão destinados a inovação em segurança e tecnologias emergentes. À medida que as tecnologias atuais se tornam ainda mais arraigadas à rede e à cultura das organizações, estas precisam ficar atentas ao modo como seus empregados utilizam os dispositivos, tanto no local de trabalho quanto em suas vidas pessoais. Isso se aplica principalmente às mídias sociais, uma área identificada pelos entrevistados como a que os deixa mais inseguros quanto à sua capacidade de enfrentar riscos.