Dados divulgados pelo Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia (UE), às vésperas do Dia Internacional da Mulher, mostram que a diferença salarial entre homens e mulheres na Alemanha é de 22,4%, a terceira maior na UE, ficando atrás apenas da Estônia (de 30%) e da Áustria (de 23,4%) – a média europeia é de 16,4% (dados de 2012).
O país também fica em terceiro entre os que apresentam as maiores diferenças nas proporções de homens e mulheres que trabalham em meio período. Das mulheres alemãs entre 15 e 64 anos de idade, 45% trabalham em meio período, contra 9% dos homens na mesma faixa etária. Na Holanda (76,9% x 24,9%) e na Áustria (44,4% x 7,8%) essas diferenças também são grandes, enquanto que em países como a Bulgária (2,5% x 2%), a Romênia (9,7% x 8,6%) e Croácia (7,5% x 5,2%), são muito menores.
Quanto à taxa de emprego no geral, ela é de 68% para as mulheres entre 15 a 64 anos e de 77,6% para os homens em idade semelhante na Alemanha. Na média europeia, as taxas foram de 58,5% e de 69,6%, respectivamente.
No Brasil, segundo dados do Dieese, a taxa de desemprego feminina caiu de 12,5% em 2012 para 11,7% no ano passado. Para os homens, a taxa passou de 9,4% para 9,2%. A proporção de mulheres no total de ocupados, no entanto, quase não se alterou de um ano para o outro, passando de 45,8% para 45,9%. A diferença salarial entre os gêneros caiu um pouco: em 2012, as brasileiras ganhavam, em média, 75,5% do salário dos brasileiros, percentual que passou, em 2013, para 77,1%.