Mercado de energia eólica reage em 2014

O Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) divulgou nesta quarta-feira (9) seu relatório Global Wind Report – Annual Market Update, atualizando o status da indústria global, juntamente com as projeções do mercado para os anos 2014-2018.

O Conselho espera instalações de, pelo menos, 47 GW em 2014, um aumento dramático em relação aos níveis de 2013. O mercado será liderado pela China, mas com forte recuperação no mercado dos EUA, instalações recordes no Canadá e no Brasil e centenas de megawatts na África do Sul.

“O mercado mundial está de volta no caminho certo para 2014”, disse Steve Sawyer, secretário-geral do GWEC. “Um mercado chinês forte, a recuperação nos EUA e um papel crescente das economias emergentes no mercado global significa que, depois de 2014, o mercado retomará seu constante crescimento, senão espetacular, chegando a dobrar suas instalações globais durante os próximos anos, até 2018”.

No entanto, o GWEC advertiu que, sem uma política climática global forte, é improvável que o crescimento do mercado retome a média de 20 a 25%, que o marcou nas últimas duas décadas.

Na ausência de um preço global para o carbono, ou qualquer coisa perto disso, outros atributos da energia eólica vêm à tona. Hoje, em muitos mercados, o aspecto mais atraente dessa fonte é sua relação custo e competitividade. A energia eólica já está competindo, com sucesso, contra fontes altamente subsidiadas em um número crescente de mercados, conforme a tecnologia e sua implementação vem melhorando de forma contínua e a criação de emprego permanece uma prioridade em praticamente todos os países. Além disso, os recentes acontecimentos na Ucrânia e, em outros países, apontam para a contribuição da energia eólica para a segurança energética.

“A energia eólica tornou-se, hoje, uma tecnologia tradicional e parte central do desenvolvimento do mercado de energia elétrica, em um número crescente de países”, continuou Sawyer. “Entretanto, para que a indústria atinja seu pleno potencial, é essencial que os governos levem a sério a mudança climática, e logo.”

A indústria global de energia eólica hoje está presente em mais de 80 países, sendo que 24 deles possuem mais de 1,000 MW instalados. 

Brasil

Steve Sawyer destacou o crescimento do Brasil e apontou que o País integrará, muito em breve, o ranking dos dez maiores países produtores de energia eólica. Com relação às previsões para 2014 até 2018, o relatório aponta que o Brasil terá um crescimento exponencial nos próximos dois anos, liderando a performance da América Latina.

“A energia eólica tem um futuro promissor no País e se tornou parte fundamental na composição da matriz elétrica brasileira. Tivemos um excelente ano em 2013, no que se refere às contratações da fonte nos leilões, e nossa perspectiva continua muito positiva para 2014. Um número bem conservador aponta para, no mínimo, 2 GW de energia eólica este ano. Além de garantir mercado, via participação nos leilões, 2014 será muito importante para o setor eólico brasileiro, visto que colocaremos em operação 4 GW até o final do ano”, destaca a presidente executiva da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), Elbia Melo.

Fonte: ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica

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