A maioria dos imigrantes permanentes na Alemanha são de origem europeia e estão integrados no mercado de trabalho, segundo dados recentes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, na sigla em francês).
Segundo dados do estudo, a incorporação e a qualificação melhoraram: 69% de aproximadamente 300 mil imigrantes provenientes de outras regiões da Europa conseguiram um emprego em 2012 – em 2007, foram 66%. Entretanto, a proporção de profissionais altamente qualificados era de 34% no mesmo período e, em 2007, era de 30%. Em compração, dos nascidos na Alemanha em 2012, 74% conseguiram um emprego e os qualificados eram apenas 22%.
A pesquisa também aponta que, com quase 400 mil imigrantes permantes no país em 2012, a Alemanha está entre os destinos mais procurados pelos estrangeiros, seguido de outros países como a Austrália e o Canadá. “com um aumento de 38%, podemos falar de um boom, o que é quase espetacular“, afirma Thomas Liebig, especialista em imigração da OECD.
A imigração do tipo permanente, tendo como base os números gerais de fluxos migratórios disponibilizados pela OECD, que são os que têm visto de residência ou são imigrantes europeus (não estudantes) e permanecem por mais de um ano, fez com que a Alemanha ocupasse, pela primeira vez, o segundo lugar no ranking da Organização, logo após os Estados Unidos. Em 2009, o país ocupava o oitavo lugar.
Sergundo a OECD, a Alemanha atrai, principalmente, pessoas do leste e sul europeus. Esse é o pano de fundo para muitos países da Europa, onde os fluxos migratórios ocorrem principalmente entre os países membros. Em contrapartida, o número de estrangeiros vindos de países terceiros tem estado em declínio há anos. Entre 2007 e 2011, o índice caiu 4% ao ano e, entre 2011 e 2012, a taxa sofreu uma queda de 12%.
Dentro da UE, cada vez mais cidadãos migram, a fim de permanecerem por mais tempo em seus destinos. Quase um milhão de europeus migraram em 2012 para outros países, o que representa um aumento de 12% em relação ao ano anterior. Dentre os destinos mais procurados, a Alemanha é a mais cobiçada.
No ano passado, o número de estrangeiros europeus que permanecem por mais tempo no país também aumentou. ” Há alguns sinais precoces de que há um aumento adicional“, afirma Liebig. No entanto, o especialista acredita não ter sido tão forte como em 2012.
Em comparação, outros países membros da UE também receberam mais imigrantes do tipo permanete do que nos outros anos: os números cresceram na Suécia, na França e na Finlândia. Entretanto, o nível foi mais baixo: a Alemanha sofreu um aumento entre 2007 e 2012 com um adicional de 167.100 cidadãos; na França, o índice foi de mais 42.900 pessoas.
Esse aumento, entretanto, se dá principalmente devido à circulação de pessoas: o reagrupamento familiar desempenha um papel importante nesse sentido, mas a Alemanha foi responsável por apenas 14% da união de membros de uma mesma família. Em contrapartida, a França foi responsável por uma proporção de 40% em relação aos imigrantes permanentes. Já a Espanha, a Itália e também o Reino Unido tiveram uma menor participação, devido à situação econômica instável.
Nos Estados Unidos, que ainda permanece no topo do ranking da OECD, o reagrupamento familiar também é um fator decisivo. Segundo o estudo, mais de um milhão de imigrantes chegaram no país – 74% deles se mudaram com a família.
Segundo especialisatas da OECD, no geral, a imigração permanente se manteve estável nos países analisados entre 2011 e 2012, com quase 4 milhões de pessoas.