T-Systems aposta em conectar carros no Brasil


A alemã T-Systems, do grupo Deutsche Telekom, está empenhada em trazer ao Brasil soluções e serviços de infraestrutura que viabilizarão a chegada ao mercado de carros totalmente conectados a médio prazo. A empresa não pretende reinventar no País as tecnologias que vem dominando há três anos na matriz alemã, a maior parte do know-how disponível será replicada aqui e adequada à realidade local.

Na Alemanha, um grupo de 40 engenheiros da T-Systems trata de reunir na mesma cesta um conjunto de conhecimentos sofisticados na área de tecnologia da informação e eletrônica, tendo em vista a comunicação em tempo real entre veículos, centrais de comunicação e passageiros. Recentemente foram apresentados pela companhia diferentes pacotes de conectividade a montadoras, sistemistas, concessionárias, frotistas e outros potenciais usuários.

Camilo Rubim, vice-presidente da T-Systems, tem equipes técnicas e comerciais trabalhando no programa brasileiro, que já apresenta dois fortes candidatos à implementação local. “É uma questão de juntar as peças necessárias e levar os projetos adiante”, afirma, reconhecendo que primeiro será preciso superar as limitações do País na área de infraestrutura de telecomunicações. Ele sabe que o Brasil está atrasado nesse campo e um dos requisitos obrigatórios no desenvolvimento de soluções é trabalhar em tempo real e com recursos de big data: “O volume de processamento é bastante elevado. Os veículos europeus de nova geração geram até um gigabyte de informação por minuto, com tendência a crescimento”.

“O primeiro passo na relação com os interessados nas diferentes vertentes da conectividade é criar business cases, indicando a viabilidade tecnológica e mercadológica das soluções. Depois vêm as provas de conceito”, indica Rubim. No Salão do Automóvel de São Paulo ele apresentará, com uma montadora, a primeira proposta real de solução. O passo seguinte será trabalhar, com outros clientes potenciais, em aplicações de diagnóstico do veículo e outros serviços que interessam de perto a concessionárias, seguradoras, empresas de leasing e frotistas.



Tecnologias

A proposta da T-Systems em operações de conectividade é a gestão do processo como um todo. Assim, a empresa oferece serviços, agregando funções e integrando redes de serviços. “Promovemos a gestão dos serviços aos clientes oferecendo o OBDII (dispositivo de diagnóstico a bordo do veículo) e a plataforma que conecta o veículo com o prestador de serviço, seja ele concessionária, seguradora, empresa de leasing, loja de conveniência ou posto de gasolina”, esclarece Rubim. Uma das funcionalidades possíveis do sistema é estimular no País a criação da inspeção veicular on-line, premiando os veículos com melhor desempenho sob o ponto de vista de emissões e economia de combustível.

O executivo observa que na Alemanha a T-Systems já desenvolveu projetos em parceria com BMW, Daimler, Volkswagen, Sixt, Telekom Drive & Enjoy, MAN e Continental. O objetivo é incorporar aos veículos serviços cada vez mais desejados por motoristas e passageiros, especialmente nas áreas de entretenimento e segurança. “Em muito pouco tempo a tecnologia embutida será um diferencial expressivo na aquisição do automóvel”, garante.

Rubim cita como atrativos do carro conectado a possibilidade de incentivar a manutenção preventiva, por meio de dados enviados às concessionárias com o diagnóstico dos sistemas mecânicos e eletrônicos; serviços de logística e gerenciamento de frotas; gestão de tráfego, com a disponibilidade de informações de obstáculos, congestionamentos ou acidentes nas estradas, obtidas por meio de sensores, câmeras e sistemas de radar nos carros; chamadas de emergência em caso de acidente com o próprio carro.

A conectividade é importante também para o sistema de compartilhamento de veículos, enquanto os carros elétricos podem obter a localização de estações de recarga e também se beneficiar de redes inteligentes (smart grids). “É indispensável, ainda, para o desenvolvimento de veículos autônomos, que já começam a surgir em fase experimental, com boa dose de sucesso”, conclui Rubim.


Com informações Automotive Business

Divulgação T-Systems
Divulgação T-Systems