O estudo global “Desafios das Nações”, elaborado pela GfK Verein a partir de entrevistas feitas em 17 países, indica que os serviços de saúde lideram a lista de preocupações da população brasileira. Apesar de a porcentagem do PIB investida em saúde estar na mesma faixa da maioria dos países pesquisados (perto de 10%), no Brasil, 55% da população citou esse tema como sua maior preocupação, muito acima da média global, que foi de 17%.
A organização sem fins lucrativos para a promoção da pesquisa de mercado, a GfK Verein, incluiu o Brasil neste estudo pela primeira vez este ano. O medo da violência está em segundo lugar, com 32% contra uma média global de 12%. Dividindo a 2ª posição com violência/crime está a política educacional, com 32% das pessoas se revelando preocupadas com o assunto – na média global esse número cai para 13%.
Os brasileiros estão preocupados ainda com a política e o governo: a taxa de 15% não surpreende, considerando-se os protestos em massa que aconteceram em junho do ano passado e as denúncias de corrupção, tema citado por 13% dos entrevistados no país.
A evolução dos preços e o poder aquisitivo aparece em sexto lugar: 12% dos brasileiros ouvidos citaram esse tópico. Neste aspecto, os entrevistados estão, sobretudo, preocupados com a baixa remuneração em setores públicos, como médicos e professores.
O tema que ficou no topo do ranking global foi o desemprego, tópico respondido por 30% dos 19.767 entrevistados em todo o mundo. Já no Brasil, a pesquisa indicou que apenas 4% se mostraram preocupados com esse assunto.
Sobre o Estudo
Em 2014, o estudo “Desafio das Nações” passou a abranger 17 países, incluindo seis novas localidades. Além dos países da Europa que participaram do estudo nos anos anteriores (Alemanha, França, Itália, Espanha, Áustria, Polônia, Grã-Bretanha, Bélgica, Rússia, Holanda e Suécia), a pesquisa passou a avaliar, pela primeira vez, Turquia e Suíça.
O continente africano também passou a ser representado pela África do Sul e Nigéria, enquanto Américas do Norte e Sul estão representadas pelos EUA e Brasil, respectivamente. Foram ouvidas, ao todo, 19.767 pessoas e as respostas representam as preocupações de mais de um bilhão de pessoas. Para obter um ponto de vista global, os resultados de cada país foram compilados – de forma ponderada – de acordo com a respectiva população.
