A alemã Bosch tem trabalhado no desenvolvimento da direção autônoma desde 2011 em duas localidades, em Palo Alto, na Califórnia, e em Abstatt, na Alemanha. As equipes desses centros podem contar com uma rede mundial de mais de 500 engenheiros voltados ao desenvolvimento de sistemas de assistência ao motorista.
No mundo todo ocorrem cerca de 1,3 milhão de mortes no trânsito e os números só vem aumentando. Em 90% dos casos, a causa é o erro humano. Por isso, a maior motivação por parte da companhia para o desenvolvimento desses sistemas é proporcionar mais segurança aos usuários.
Estudos feitos na Alemanha sugerem que até 72% das colisões traseiras que provocaram mortes poderiam ter sido evitadas, se todos os carros estivessem equipados com o sistema de frenagem de emergência preditivo. Os motoristas também podem atingir seus destinos de maneira segura e com menos estresse usando o sistema de congestionamento Bosch. Em velocidades de até 60 km/h, o assistente freia automaticamente no tráfego intenso, acelera e mantém o curso do veículo na rodovia.
“Com os sistemas de assistência ao motorista, a Bosch espera vender cerca de um bilhão de euros em 2016”, afirma Drik Hoheisel, membro da diretoria mundial da Robert Bosch GmbH. Os sistemas de assistência ao condutor são a pedra fundamental para a direção autônoma, que se estabelecerá gradualmente. “Com os pilotos e sistemas Bosch, os carros serão dirigidos de forma autônoma nas rodovias até 2020, do acesso da entrada a saída”, prevê Hoheisel. Na década seguinte, os veículos serão totalmente automatizados, capazes de lidar com quaisquer situações que possam surgir.
Além disso, a direção autônoma envolve cada aspecto do carro e exige um know-how abrangente de sistemas. Ele se baseia em sensores com tecnologia de radar, vídeo e produtos que fazem parte do portfólio de produtos da empresa. “Os sensores são os olhos e os ouvidos que permitem que os veículos percebam seu ambiente”, garante o executivo. Um software potente e computadores processam as informações coletadas e garantem que o veículo se desloque no trânsito de forma segura e com maior eficiência de combustível.
Na medida em que os veículos assumem cada vez mais tarefas, sistemas de segurança como freios e de direção, devem atender requisitos especiais. Caso um destes componentes falhe, um procedimento é necessário para assegurar a sua frenagem. O iBooster e o sistema ESP são projetados para frear o carro – independentemente um do outro – sem que o motorista precise intervir.