Nesta terça-feira (15), aconteceu na Câmara Brasil-Alemanha o 2º Seminário Brasil-Alemanha sobre Incentivos à Inovação. Na ocasião, foram expostas as principais iniciativas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da EMBRAPII – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, da FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos e do Instituto Senai de Inovação (ISI). Foi apresentado também o Innovation Speed Dating – um matchmaking voltado à realização de negócios e parcerias a partir de desafios tecnológicos pré-definidos.
Jackline Conca, coordenadora de Inovação Global e PI do MDIC, apresentou o primeiro edital de cooperação internacional entre Brasil e Alemanha, no qual é possível empresas do Brasil e da Alemanha realizarem cooperações que envolvam pesquisa, desenvolvimento e inovação por meio de financiamentos com condições especiais para as empresas brasileiras e por meio de fundos perdidos para as empresas de pequeno e médio porte.
Em um segundo momento, Vanessa Machado da gerencia de Inovação – Área de Planejamento do BNDES, discorreu sobre o objetivo do BNDES em fomentar e apoiar operações associadas à formação de capacitações e ao desenvolvimento de ambientes inovadores, com o intuito de gerar valor econômico ou social e melhorar o posicionamento competitivo das empresas. A entidade é a instituição financeira responsável pelo financiamento para o lado brasileiro. Machado ainda apresentou uma visão geral do portfólio do BNDES, como o CRIATEC e o Cartão BNDES, deixando claro que existem produtos para empresas de todos os portes.
Durante a apresentação de Carlos Eduardo Pereira, diretor operacional da Embrapii, foi exposto que a entidade atua, desde sua criação, de forma decentralizada e somente por meio da estrutura de instituições parceiras no Brasil, como o ISI, a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (CERTI), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), entre outros, a fim de promover a cooperação com atores já atuantes e reconhecidos pela sociedade.
Além disso, Pereira informou que o principal parceiro da Embrapii para o desenvolvimento de novos centros é o instituto alemão Fraunhofer, o que os torna ainda mais próximos do empresariado alemão no Brasil. O principal objetivo da entidade é aumentar a inovação na indústria, diminuindo risco e trazendo novas formas de custeio.
Já Marcelo Camargo, gerente do Departamento de Produtos Financeiros Descentralizados, expôs, antes de entrar em seu assunto principal, alguns dados macro sobre a inovação no País e no mundo. Segundo Camarg, o Brasil já possui algumas iniciativas de fomento à inovação, mas ainda é preciso aumentar o volume total investido a fim de aproximar o País dos países mais desenvolvidos. Ele também defende que muitas das iniciativas existentes ainda são pouco conhecidas entre os empresários e que é muito importante que o empresário tenha primeiramente conhecimento da sua inovação (risco, abrangência e intensidade, conhecimento envolvido etc.) para depois definir as formas de financiamento cabíveis.
O instrumento principal apresentado por Camargo foi o Inovacred, destinado a pequenas e médias empresas. O programa tem como objetivo financiar companhias para aplicação no desenvolvimento de novos produtos, processos ou serviços bem como o aprimoramento dos já existentes, inovação em marketing ou inovação organizacional, no ambiente produtivo ou social, visando ampliar a competitividade das empresas no âmbito regional e até nacional.
O último palestrante do dia, Joselito Rodrigues, falou acerca de instrumentos, programas e iniciativas voltados à área. O especialista em Desenvolvimento Industrial do Instituto SENAI de Inovação abordou as estratégias do Programa SENAI de Apoio à competitividade industrial brasileira, e também explicou sobre as redes de Institutos de Inovação que possuem atuação em 28 setores Industriais e cerca de 810 unidades operacionais no Brasil inteiro. Segundo Rodrigues, essas iniciativas são focadas principalmente em serviços de P&D&I. Outro fator apontado por ele foi a participação em áreas transversais de conhecimento e ambientes abertos de suporte à inovação tecnológica com foco na etapa pré-competitiva.
Para mais informações sobre o Innovation Speed Dating, acesse: www.inospeeddating.com.br
Foto: Divulgação AHK São Paulo/ Fernando Prado Paraíso