A GfK acaba de divulgar os resultados da 5ª edição do estudo GfK Connected Consumer Index que classifica 78 países de oito regiões de acordo com os níveis de conectividade de suas populações, detalhando, inclusive, os dispositivos mais usados. O levantamento revela que o Brasil ocupa o 42º lugar no ranking mundial, liderado por Hong Kong, América do Norte e Emirados Árabes Unidos. O estudo tem por objetivo oferecer ao mercado um panorama global da conectividade nos últimos cinco anos, para que empresas dos mais variados setores possam tomar decisões estratégicas que envolvem desde oferta de dispositivos, conteúdos e tecnologias.
Dentre os países sul-americanos, o Chile obteve a melhor colocação, saltando sete posições em relação ao ano passado, e ficando com a 20ª posição. Em seguida, vem o Brasil (42ª), Colômbia (53ª), Argentina (54ª) e Peru (60ª). “Apesar de economicamente menos representativo que o Brasil, o Chile tem legislação mais favorável a investimentos e uma penetração da banda larga mais alta que os demais países do Continente Sul Americano”, analisa o diretor geral do Grupo GfK no Brasil, Felipe Mendes.
Entre os chamados países BRIC, o País é o mais bem colocado do ranking, seguido pela Rússia (43ª), China (47ª) e pela Índia, bem mais abaixo, na 72ª colocação. De acordo com a pesquisa, no Brasil, os smartphones são o principal dispositivo de acesso à internet, mas o significativo avanço dos wearables e das TVs como instrumentos de conectividade vêm chamando a atenção. “Em apenas um ano, os wearables cresceram 10% e as TVs 11%. São tecnologias novas que ganham força e tendem a se popularizar nos próximos anos”, assinala o executivo da GfK.
Mendes observa ainda que “estamos vendo uma tendência de forte aumento da conectividade em todos os países. Para mercados de alto crescimento, especialmente no Oriente Médio, África e na APAC emergente, a tendência dominante permanece sendo a adesão aos smartphones. Este é o principal dispositivo, e muitas vezes o primeiro dispositivo que os consumidores usam para se conectar aos serviços de transmissão de dados. É provável que esta tendência continue a imperar nos próximos dois ou três anos, pois a redução dos preços significa que mais de um bilhão de consumidores poderão conectar-se usando um dispositivo pessoal pela primeira vez”.
“Para os mercados desenvolvidos, principalmente na Europa Ocidental e na América do Norte, os fatores de crescimento já passaram para a próxima tendência em conectividade do consumidor. As tecnologias wearables estão liderando a moda juntamente com carros conectados, e ambos estão oferecendo novos benefícios para o consumidor. A tecnologia da casa inteligente é uma oportunidade igualmente significativa, mas a sua adesão deverá ser mais lenta e mais estável em termos da curva de adoção do consumidor”.
Para ver as classificações do GfK Connected Consumer Index e tendências dos últimos cinco anos de cada região e país, clique aqui.
Sobre o estudo
O GfK Connected Consumer Index fornece uma medida única sobre o quanto os consumidores se conectam digitalmente com outras pessoas e com conteúdos digitais, e quais dispositivos os consumidores utilizam. Permite também uma comparação rápida do quão ‘conectados’ diferentes regiões e países são per capita, mostrando as tendências ao longo dos últimos cinco anos e uma previsão para o ano de 2016. O índice apresenta 11 tipos de dispositivos (smartphone, tablet, mobile PC, computador, wearable, SmartTV, set-top box de TV, console de videogame, e-reader, carro conectado, casa inteligente) com dados ponderados para o uso. A base do índice começa em 100 pontos (a média global a partir do ano de 2010).
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