A DHL Global Forwarding, divisão do Deutsche Post DHL Group especializada em fretes aéreos e marítimos, reuniu especialistas, clientes e outros stakeholders para discutir tendências e soluções para a cadeia fria. O workshop DHL de Life Sciences & Healthcare ocorreu em maio, no Rio de Janeiro, e contou com a participação de 50 executivos de grandes empresas do setor de saúde, apresentando como palestrantes Jacob Frenkel, consultor da Brazilian Pharma Solutions; Patrick Fehring, diretor do Aeroporto Internacional do Rio Janeiro, o Galeão; e Arlete Gago, gerente de Desenvolvimento de Negócios da DHL Temperature Management Solutions, DHL Global Forwarding.
Uma das principais conclusões do evento foi que o aumento do acesso a medicamentos, o surgimento de novas categorias de alto valor agregado – como os biológicos –, a globalização e a precariedade da infraestrutura lançaram novos desafios à logística de cadeia fria dos produtos farmacêuticos e ao transporte de produtos hospitalares.
Segundo relatório da IMARC, apresentado pela empresa durante o evento, o tamanho total dos serviços de logística do setor de saúde deve sair dos atuais US$ 8,5 bilhões para US$ 13,4 bilhões em 2020. Os gastos com medicamentos especiais devem saltar de US$ 192,2 bilhões em 2016 para US$ 401,7 bilhões em 2020.
“Inovações tecnológicas e condições do mercado colocaram pressão sobre a cadeia logística do frio. As companhias demandam tempo de trânsito menores, níveis mais elevados de compliance e custos competitivos. Discutir os desafios comuns e soluções potenciais foram nossos objetivos. Creio que encontramos opções importantes”, disse Arlete Gago.
A DHL convidou o consultor da Brazilian Pharma Solutions para apresentar um estudo realizado junto a 10 grandes farmacêuticas estrangeiras que atuam no Brasil. Embora o volume de exportações e importações destas empresas tenha caído em 2015, a pesquisa identificou que há um grande potencial para a retomada das exportações e que o Brasil continua sendo uma importante base de distribuição para seus vizinhos na América Latina. Isso porque o País tem o maior mercado interno da região e reúne, atualmente, capacidade produtiva ociosa e câmbio desvalorizado.
Fora da América Latina, foi detectado que, além de mercados tradicionais de exportação como EUA, Japão, Inglaterra, França e Itália, medicamentos vindos do Brasil chegam também à Bielorrússia, Índia e Paquistão.
Foto: banco de imagens Codesp/ Sérgio Furtado