AHK/SP debate inovação na indústria


O Departamento de Inovação e Tecnologia da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo realizou em 16 de março o evento “Warm up e Lançamento das Atividades do Departamento de Inovação e Tecnologia” com a participação de 45 pessoas.


Bruno Vath Zarpellon, Diretor do Departamento de Inovação e Tecnologia fez a abertura do evento, seguido pela apresentação de Paulo Ricardo Stark, Vice-presidente da AHK/SP, Presidente do Steuerkreis Innovation e Presidente e CEO da Siemens Brasil, das atividades previstas para o departamento em 2015.


Em seguida, o Secretário da Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Marcos Vinícius de Souza, apresentou um panorama do cenário da inovação na indústria brasileira. “Entendemos que as subvenções são indispensáveis para que as empresas possam inovar”, declarou.


Já Thomaz Zanotto, Diretor-Titular de Relações Internacionais e Comércio Exterior (DEREX) da FIESP tratou da conjuntura macroeconômica da indústria brasileira. “Temos como desafio a competitividade, já que é muito mais caro produzir no Brasil do que lá fora por questões como as leis trabalhistas, o sistema tributário e os juros”, explicou. Zanotto ainda pontuou que infraestrutura e logística podem ser vistos tanto como um problema como uma oportunidade.


Representantes de três empresas que estiveram entre os finalistas da segunda edição do Prêmio Brasil-Alemanha de Inovação apresentaram os obstáculos e oportunidades que encontraram para inovar no Brasil. André Ferrarese, Gerente Mundial de Inovação para Componentes de Motor da Mahle, destacou como os principais desafios demanda, risco, investimento, processo, colaboração e incentivo. Ferrarese acrescentou que para vencer todos esses obstáculos é necessária a ação, é importante começar.


Nelis Evangelista, Diretor-Executivo da Stratexia Inovação, detalhou o processo de inovação em sua start-up. “O primeiro passo é identificar uma necessidade não atendida e a partir daí buscar recursos, selecionar a solução mais adequada, saber o momento certo de solicitar a patente, fazer parcerias, um plano de marketing, elaborar uma estratégia de entrada no mercado, fazer a precificação e planejar a internacionalização”, explicou.


Por fim Elaine Chaves, Engenheira Industrial Química da Artecola Indústrias Químicas enumerou os principais obstáculos para a inovação. “Notamos que falta tempo para inovar, falta também alinhamento entre as áreas técnica e comercial, precisamos focar em negócios já existentes, não podemos nos acomodar se a empresa já é eficiente e continuar inovando. É importante também ter clareza de que a inovação pode trazer resultados positivos ou não, considerar o custo Brasil, reduzir impostos para importação de itens para pesquisa, integração de unidades de pesquisa e avaliar a cultura de diminuir riscos”, finalizou.

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